sexta-feira, 15 de julho de 2011

Terrorismo anti-Cuba não é crime

Um tribunal americano absolveu hoje o ex-espião da CIA, Luis Posada Carriles das acusações movidas pela  Venezuela e pela própria imigração americana, que lhe faz onze denúncias de perjúrio e fraude na imigração.
Posadas é acusado por Cuba pela prática de vários atentados terroristas, sendo considerado por Havana o homem que, durante anos, tentou matar Fidel Castro.
Posada Carriles  é fugitivo da justiça venezuelana, onde foi indiciado pela explosão de um avião comercial cubano que havia decolado de Caracas, em 1976. A ação deixou 73 mortos. Documentos da própria CIA, disponíveis na internet, reconhecem que havia esta informação, mas dizem que não fora solicitada.
Segundo a Agência France Press, Havana atribui a ele um longo rosário “terrorista”, incluídos ataques a bombas a hotéis nessa cidade, em 1997, nos quais morreu um turista italiano.
“Nascido em Cienfuegos, Cuba, em 15 de fevereiro de 1928, Posada Carriles se opôs ao governo da Revolução cubana desde o começo e fugiu do país para os Estados Unidos, onde ocupou um papel importante entre o exilados cubanos de Miami.
Em 1961, alistou-se como voluntário para invadir a Ilha através da Baía dos Porcos, uma ação patrocinada pela CIA, embora não tenha chegado a entrar em combate porque a invasão foi logo impedida pelas forças cubanas.
Dois anos depois, ingressou no Exército americano, onde foi treinado em operações de inteligência.
A CIA apoiava, então, os esforços dos exiliados cubanos para derrotar o governo comunista de Fidel Castro, mas esse tornou-se menos decidido depois da frustrada invasão da Baía de Porcos e de outros acontecimentos da política americana, como a Crise dos Mísseis com a União Soviética em 1962, e o assassinato do presidente John F. Kennedy em 1963.
No entanto, Posada Carrilles continuou sendo, por um longo período da Guerra Fria, um homem importante para os Estados Unidos e um fator de tensão permanente na relação com Cuba.
Documentos americanos demonstram que Posada Carriles trabalhou para a CIA desde 1965 até junho de 1976.
Parte da documentação desarquivada pela CIA, e divulgada em agosto de 2009 pelo Arquivo de Segurança Nacional americano (NSA, na sigla em inglês), diz que Posada Carriles ofereceu a essa agência nos anos 60 seus serviços para dirigir grupos de exilados que realizariam ações militares contra o governo cubano.
Segundo o governo de Havana, Posada planejou assassinar Fidel Castro durante uma visita deste ao Chile, em 1971.
Tratava-se de um plano “cuidadosamente planejado” pelo então agente da CIA, que assassinaria Castro com um revólver escondido numa câmara.
Em 2005 foi detido nos Estados Unidos por suspeita de fraude para a obtenção da cidadania – acusações das quais foi absolvido nesta sexta-feira.”
Por Fernandeo Brito (Blog do Brizola Neto)

A FOME, MISÉRIA E REALIDADE NO MUNDO

VEJAM UM RETRATO DO MUNDO EM QUE VIVEMOS. ALGUMAS MATÉRIAS /VIDEOS SÃO DE 03 ANOS ATRAS, MAS A REALIDADE É DE HOJE. COMO RECLAMAR DE UM SALÁRIO DE R$ 12.000,00 DIANTE DE UM QUADRO DESSES ? É, OS MINISTROS DA DILMA ACHAM QUE ESSE SALÁRIO É POUCO. MAS MINISTRO, NO BRASIL, VIVE SÓ DE SALÁRIO? OS OS ARANJOS? E AS LICITAÇÕES? E OS INVESTIMENTOS FEITOS EM CAMPANHAS, COMO TRAZE-LOS DE VOLTA? TODO MUNDO SABE, SÓ NÃO PODEMOS DIZER EM PÚBLICO.
Talvez voce esteja, hoje, reclamando da vida, como se tudo tivesse ruim. Com casa para morar, família, carro, trabalho, o lamuriar passou a fazer parte de tua vida ( e da minha também).
Poucas vezes paramos para dar uma volta ao mundo e olhar como vivem cerca de 1.500.000.000 – um bilhão e quinhentos milhoes de irmãos que vivem na completa FOME, MISÉRIA E POBREZA.
O mundo gasta 1/3 de seu orçamento com as forças armadas e fabrico de artefatos para matar os próprios irmãos.
Funcionários públicos, que chegam a ganhar R$. 12 mil reais/mês, entram de greve com o fito de conseguir aumento.
Enfim, quase todo ” mundo ” com saúde, com casa, carro, família, MAS INSATISFEITOS.
Por outro lado, essa insatisfação não seria falta de conhecimento sobre como anda a maioria das pessoas no mundo ( áfrica, parte do brasil, e outros paises)?
JESUS disse uma frase importante: ” que galardão terás em amar e alimentar os seus; galardão terás em faze-lo com relação a um estranho, inimigo”.
E o que voce está fazendo – mesmo que seja pouco – em relação a esses nossos irmãos?
julius
OBS. as fotos/videos acima estão com seus autores identificados
…………………………………………….
 http://www.youtube.com/watch?v=liH0ppaPxjM&feature=related
 http://www.youtube.com/watch?v=0CcVntTKyFc&feature=related
 http://www.youtube.com/watch?v=iuGZLneMa3U&feature=related
 http://www.youtube.com/watch?v=oNyw8QCCeDw&feature=related
 http://www.youtube.com/watch?v=jHddLcp4bHc
 http://equattoria.blogspot.com/2011/03/vila-flutuante-e-miseria-no-camboja.html
13/7/2011 por Correio do Brasil, JULIUS

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Não é a Grécia. É o capitalismo, estúpido!


Grécia
A Grécia vive um momento de turbulência social e econômica
As mídias, as consultorias, os economistas, os bancos de investimentos, os presidentes dos bancos centrais, os ministros de fazenda, os governantes não fazem outra coisa que falar da “crise grega”. Ante tal vozerio mal intencionado, é oportuno parafrasear um exemplo da campanha de Bill Clinton para dizer e insistir que a crise é do capitalismo, não da Grécia. Que este país é um dos elos mais frágeis da cadeia imperialista e que é por causa dele que ali ocorre a eclosão das contradições, ora corroendo-o irremediavelmente.
O alarme dos capitalistas, sem dúvida justificado, é que a queda da Grécia pode arrastar outros países como Espanha, Irlanda, Portugal e comprometer seriamente a estabilidade econômica e política das principais potências da União Europeia.Segundo informa a imprensa financeira internacional, representante dos interesses da “comunidade de negócios” (leia-se: os gigantescos oligopólios que controlam a economia mundial), a resistência popular às brutais medidas de austeridade propostas pelo ex-presidente da Internacional Socialista e atual primeiro ministro grego, Georgios Andreas Papandreu, ameaçam jogar pela janela todos os esforços até agora realizados para amenizar a crise.
A aflição se espalha no patronato frente às dificuldades com que tropeça Atenas para impor as brutais políticas exigidas por seus supostos salvadores. Com toda razão e justiça, os trabalhadores não querem ser responsabilizados por uma crise provocada pelos jogadores das finanças, e a ameaça de uma explosão social, que poderia reverberar por toda a Europa, tem paralisado as lideranças governamentais grega e europeia. A injeção de fundos outorgada pelo Banco Central Europeu, o FMI e os principais países da zona do euro não têm feito nada a não ser agravar a crise e fomentar os movimentos especulativos do capital financeiro.
O resultado mais visível tem sido acrescentar a exposição dos bancos europeus ao que já aparece como uma inevitável moratória grega. São conhecidas as receitas do FMI, do BM e do Banco Central Europeu: redução de salários e aposentadorias, demissões massivas de funcionários públicos, privatização de empresas estatais e desregulamentação dos mercados para atrair investimentos.
Elas têm surtido os mesmos efeitos sofridos por vários países da América Latina, notoriamente a Argentina. Pareceria que o curso dos acontecimentos na Grécia se encaminha para uma estrondosa queda como a que os argentinos conheceram em dezembro de 2001. Deixando de lado algumas óbvias diferenças, há demasiadas semelhanças que abonam este prognóstico. O projeto econômico é o mesmo, o neoliberalismo e suas políticas de choque; os atores principais são os mesmos, o FMI e os cães de guarda do imperialismo em escala global; os ganhadores são os mesmos, o capital concentrado e especialmente a banca e as finanças; os perdedores são também os mesmos, os assalariados, os trabalhadores e os setores populares; e a resistência social a essas políticas tem a mesma força que soube ter na Argentina.
É difícil imaginar um soft landing, uma aterrissagem suave, desta crise. O previsível e mais provável é precisamente o contrário, tal como ocorreu no país sul-americano. Claro que, diferentemente da crise argentina, a grega está destinada a ter um impacto global incomparavelmente maior. Por isso o mundo dos negócios contempla com horror o possível “contágio” da crise e seus devastadores efeitos entre os países do capitalismo metropolitano. Estima-se que a dívida pública grega alcança os US$ 486 bilhões e que representa uns 165% do PIB do país. Mas tal coisa ocorre numa região, a “eurozona”, onde o endividamento já ascende os 120% do PIB dos países, com casos como o da Alemanha, (com cerca de 143%), França (188%) e Grã Bretanha (398%).
Não deve ser esquecido, além disso, que a dívida pública dos Estados Unidos já alcança 100% de seu PIB. Em uma palavra: o coração do capitalismo global está gravemente adoecido. Por contraposição, a dívida pública chinesa em relação ao seu gigantesco PIB é de apenas 7%, a da Coreia do Sul 25% e a do Vietnã 34%.
Há um momento em que a economia, que sempre é política, se transforma em matemática e os números cantam. E a melodia que entoam diz que aqueles países estão na beira de um abismo e que sua situação é insustentável. A dívida grega – exitosamente dissimulada em sua gestação e desenvolvida graças ao conchavo criminoso de interesses entre o governo conservador grego de Kostas Karamanlis e o banco de investimento favorito da Casa Branca, Goldman Sachs – foi financiada por muitos bancos, principalmente na Alemanha e, em menor medida, França.
Agora são credores de papéis de uma dívida que a qualificadora de riscos Standard & Poor’s (S&P) classificou com a pior nota do mundo, CCC, isto é, tem crédito sobre um devedor insolvente e que não tem condições de pagar. Em igual ou pior posição se encontra o ultraneoliberal Banco Central Europeu, razão pela qual um ‘calote’ grego teria conseqüências cataclísmicas para este verdadeiro ministro das finanças da União Europeia, situado à margem de qualquer controle democrático.
As perdas que originaria a bancarrota grega não só comprometeriam os bancos expostos, mas também os dos países com problemas, como Espanha, Irlanda, Itália e Portugal, que teriam de suportar juros mais elevados que os atuais para equilibrar suas deterioradas finanças.
Não é preciso muito esforço para imaginar o que sucederia se os gregos suspendessem unilateralmente os pagamentos, cujo primeiro impacto se daria na linha de flutuação da nave européia, a Alemanha. Os problemas da crise grega (e europeia) são de origem estrutural. Não se devem a erros ou a percalços inesperados senão que expressam a classe de resultados previsíveis e esperados quando a especulação e o parasitismo rentista assumem o posto de comando do processo de acumulação de capital.
Por isso, no fragor da Grande Depressão dos anos 30, John Maynard Keynes recomendava, em sua célebre Teoria Geral da Ocupação, Juros e o Dinheiro, praticar a eutanásia do rentista como condição indispensável para garantir o crescimento econômico e reduzir as flutuações cíclicas endêmicas no capitalismo.
Seu conselho não foi considerado e hoje são aqueles setores os que se apropriaram da hegemonia capitalista, com as consequências por todos conhecidas. Comentando sobre esta crise, Istvan Meszaros dizia há poucos dias que “uma crise estrutural requer soluções estruturais”, algo que quem está administrando a crise rechaça terminantemente. Pretendem curar um doente em estado gravíssimo com aspirinas.
É o capitalismo que está em crise e para sair dela torna-se imprescindível sair do capitalismo, superar o quanto antes um sistema perverso que conduz a humanidade ao holocausto em meio a enormes sofrimentos e uma depredação meio-ambiental sem precedentes. Por isso, a mal chamada “crise grega” não é assim; é, em lugar disso, o sintoma mais agudo da crise geral do capitalismo, essa que os meios de comunicação da burguesia e do imperialismo asseguram há três anos que já está em vias de superação, apesar de as coisas estarem cada vez pior.
O povo grego, com sua firme resistência, demonstra estar disposto a acabar com um sistema que já é inviável não no longo, mas no médio prazo. Há que acompanhá-lo em sua luta e organizar a solidariedade internacional para tratar de evitar a feroz repressão de que é objeto, método predileto do capital para solucionar os problemas que cria sua exorbitante voracidade. Talvez a Grécia – que há mais de 2.500 anos inventou a filosofia, a democracia, o teatro, a tragédia e tantas outras coisas – possa voltar-se sobre seus foros e inventar a revolução anticapitalista do século 21. A humanidade lhe estaria profundamente agradecida.

Atilio Borón é doutor em Ciência Política por Harvard e professor da Universidade de Buenos Aires.
Por Correio do Brasil em 13.07.11

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Remédios anti-HIV podem ser eficazes para prevenir Aids, dizem estudos

Remédios contra o HIV pode ser usados tanto para aumentar a proteção contra a Aids quanto para tratar dos sintomas da síndrome depois da infecção, indicam pesquisas.

Dois estudos realizados na África corroboram dados anteriores que mostram que drogas usadas para tratar o HIV podem reduzir o risco de infecção quando administradas diariamente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que os estudos, revelados em antecipação a uma conferência sobre Aids em Roma, podem ter “impacto enorme” em prevenir a transmissão do HIV.
“Este é um grande avanço científico que confirma o papel essencial que os remédios antirretrovirais devem desempenhar na resposta à Aids”, disse Michel Sidibé, diretor-executivo do Programa Conjunto da ONU para o HIV/Aids (Unaids).
“Estes estudos podem nos ajudar a atingir o ‘ponto de virada’ na epidemia da Aids.”
Esperanças futuras
Um teste realizado pela Universidade de Washington (EUA) seguiu quase 5 mil casais no Quênia e em Uganda, nos quais uma pessoa tinha o HIV e a outra, não.
A pessoa livre do vírus tomou diariamente um remédio para HIV (tenofovir), uma combinação de duas drogas contra o vírus (tenofovir e emtricitabina) ou um placebo.
Houve 62% menos infecções pelo HIV no grupo que tomou apenas um remédio, e 73% menos infecções no grupo que tomou a combinação, em comparação com quem tomou o medicamento falso.
O outro teste, feito pelos Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos, seguiu 1,2 mil homens e mulheres heterossexuais sem o HIV no Botsuana. Eles receberam diariamente, em uma única dose, ou uma combinação de comprimidos, ou um placebo.
No geral, os medicamentos anti-HIV reduziram em 63% o risco de contrair o vírus. Um teste anterior descobriu que a combinação de duas drogas contra o HIV reduzia o risco de infecção em homens gays e bissexuais em 44%.
Pesquisa divulgada em maio e realizada pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA com 17 mil casais de diversos continentes também apontou uma alta redução nas contaminações após o uso de antirretrovirais.
No entanto, um estudo semelhante realizado com mulheres sob risco de infecção pelo HIV no Quênia, na Tanzânia e na África do Sul trouxe resultados decepcionantes.
Novas ferramentas
A instituição de caridade britânica contra o HIV Terrence Higgins Trust descreveu as recentes descobertas como “genuinamente estimulantes”.
“Um medicamento (para a Aids a ser tomado) antes da exposição (ao vírus) não estará disponível da noite para o dia, mas nós estamos explorando se essa é uma possibilidade que pode reduzir daqui em diante a transmissão do HIV”, disse à BBC a diretora da instituição, Lisa Power.
Ela afirmou, no entanto, que as descobertas ainda precisam ser devidamente testadas. “Se você atualmente está tentando evitar o HIV, não desista das camisinhas ainda.”
A OMS e a Unaids recomendam que, na hora de optar por uma forma de prevenção à Aids, as pessoas tomem decisões com base em técnicas já comprovadas.
As entidades afirmam que nenhum método protege 100% contra o HIV, e que drogas antirretrovirais para prevenção precisam ser combinadas com outros métodos preventivos, tais como preservativos.
“Novas ferramentas eficazes para a prevenção contra o HIV são urgentemente necessárias, e esses estudos podem ter enorme impacto em prevenir a transmissão nas relações heterossexuais”, disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.
“A OMS vai trabalhar com os países para usar essas novas descobertas e proteger mais homens e mulheres da infecção pelo HIV”, afirmou.
Mais detalhes sobre as pesquisas serão apresentadas na reunião em Roma, que ocorre entre 17 e 20 de julho.
13/7/2011 por Correio do Brasil

Variante da bactéria da gonorreia é resistente a antibióticos

Pesquisadores suecos descobriram uma nova variante da bactéria causadora da gonorreia que é resistente a antibióticos. Os cientistas do Laboratório de Referência Sueco afirmaram que análises descobriram uma variante da bactéria muito bem sucedida em suas mutações e que pode, segundo os especialistas, transformar-se em uma ameaça à saúde pública global.
A primeira infecção com a nova variante da Neisseria gonohhoeae, chamada H041, foi registrada no Japão.
Ao analisar a bactéria, os pesquisadores identificaram as mutações genéticas responsáveis por sua resistência a todos os antibióticos especializados para o tratamento da gonorreia .
Apesar de ser uma descoberta alarmante, esta nova variante foi uma descoberta previsível, segundo Magnus Unemo, do Laboratório Sueco de Pesquisa para a Neisseria Patogênica.
– Desde que os antibióticos se transformaram no tratamento padrão para a gonorreia nos anos 1940, esta bactéria mostrou uma marcante capacidade para desenvolver mecanismos de resistência a todos os medicamentos introduzidos para seu controle –, afirmou.
– Enquanto ainda é muito cedo para avaliar se esta nova variante se espalhou, a história de nova resistência na bactéria sugere que poderá se espalhar rapidamente, a não ser que novos medicamentos e tratamentos eficazes sejam desenvolvidos –, disse.
A pesquisa será apresentada na conferência da Sociedade Internacional para Pesquisa de Doenças Sexualmente Transmissíveis, no Canadá
A gonorreia é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns em todo o mundo e, se não for tratada, pode levar a problemas graves de saúde entre homens e mulheres.
Rebecca Findlay, da associação britânica Family Planning Association, afirmou que a descoberta desta nova variante é preocupante.
– A prevenção fica ainda mais importante, pois sabemos que os antibióticos nem sempre vão funcionar. A gonorreia pode afetar pessoas de todas as idades e todos agora devem se concentrar em cuidar da própria saúde sexual –, disse.
David Livermore, diretor do laboratório que monitora a resistência a antibióticos para a Agência de Proteção à Saúde do governo britânico, disse que os antibióticos usados usados na Grã-Bretanha, as cefalosporinas, são eficazes, mas, ainda assim, é preciso tomar cuidado.
– Nossos testes de laboratório mostram que a bactéria está ficando menos sensível a estas cefalosporinas, com relatos de alguns fracassos em tratamentos. Isto significa que temos que mudar o tipo de cefalosporinas usada e aumentar a dosagem.
– A prevenção é melhor que a cura, especialmente quando a cura fica mais difícil. E a forma mais confiável de se proteger contra doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a forma resistente da gonorreia, é usar preservativos –, afirmou.
12/7/2011 por Correio do Brasil, com BBC



sábado, 9 de julho de 2011

Diferença entre misoginia, machismo e androcentrismo...

Misoginia (do grego, miso odio gene mulher) é um movimento de aversão ao que é ligado ao feminino.

A misoginia é por vezes confundida com o machismo e com o androcentrismo, mas enquanto que a primeira se baseia no ódio, o segundo fundamenta-se numa crença na inferioridade da mulher e o último com a desconsideração das experiências femininas perante o ponto de vista masculino.

Membro do CQC é alvo do Ministério Público após piada pró-estupro

Numa decisão que irritará os donos da mídia, que se consideram acima das leis e do Estado de Direito, o Ministério Público de São Paulo pediu hoje (7) a abertura de inquérito policial contra o humorista Rafinha Bastos, do programa CQC da TV Bandeirantes, para apurar suas recentes declarações machistas sobre o estupro, que caracterizariam incitação e apologia ao crime. Por Altamiro BorgesAs declarações foram feitas em seu show de comédia stand-up e foram reproduzidas na revista Rolling Stone. O “humorista” afirmou na ocasião que toda mulher que reclama que foi estuprada é feia, e que o homem que cometeu o ato merecia um abraço, e não cadeia.
“O estupro é um crime”
O pedido de abertura do inquérito foi feito pela promotora de Justiça Valéria Diez Scarance Fernandes, coordenadora do Núcleo de Combate à Violência Doméstica e Familiar. No ofício, ela argumenta que Rafinha Bastos compara o estupro a “uma oportunidade” para determinadas mulheres e o estuprador a um benfeitor, digno de “um abraço”. “O estupro é um crime. O estuprador é um criminoso que deve ser punido e não publicamente incentivado”, conclui Valéria Fernandes.
A ação é resultado de representação feita à Promotoria pela coordenadora do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Thais Helena Costa Nader. Quando da “piadinha” de péssimo gosto, o Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo, órgão composto por representantes da sociedade e do poder público, divulgou dura nota de repúdio:
Reflexo da pressão popular
“A liberdade de expressão, direito previsto constitucionalmente, encontra limite quando em choque com outro direito, que é o da dignidade da pessoa humana, que está acima de qualquer outro”, diz a nota. O conselho viu na piada de Bastos conteúdo machista e preconceituoso, “encorajando homens, bem como fazendo parecer que o crime de estupro, hediondo por sua natureza, não seja punível”.
O “humorista” também foi alvo de várias manifestações de protesto. Em São Paulo, as participantes da Marcha das Vadias realizaram um ato de repúdio em frente ao Comedians, o clube de comédia de Rafinha Bastos. No Rio, ele também foi vaiado por suas declarações machistas. Agora, com a decisão do MP paulista, o “humorista” terá que prestar esclarecimentos. A coisa esquentou!

8/7/2011, Por Correio do Brasil

Brasil capta US$ 500 milhões no exterior com menor taxa de juros da história

A emissão de títulos da dívida brasileira no exterior pagará a menor taxa de juros da história. Segundo o Tesouro Nacional, responsável pela operação, serão pagos 4,188% ao ano, patamar mais baixo alcançado para papéis em dólar com prazo de dez anos. Ao todo, foram captados US$ 500 milhões de investidores norte-americanos e europeus.

Para papéis de dez anos, a menor taxa até agora tinha sido de 4,875% ao ano, obtida em duas captações, em abril e julho de 2010. A emissão desta quinta foi o primeiro lançamento de títulos da dívida externa no ano. As últimas operações tinham ocorrido em setembro e outubro do ano passado. Os recursos captados no exterior serão incorporados às reservas internacionais no próximo dia 14.
A taxa de juros que o Tesouro deve pagar para estes papéis nos próximos 10 anos representa um terço da Selic, taxa básica de juros da economia. A alíquota, atualmente em 12,25%, definida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) é a referência para corrigir um terço do total da dívida brasileira em reais.
Ao emitir no exterior, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais por meio do lançamento de títulos da dívida externa, com o compromisso de devolver os recursos com juros. Isso significa que o Brasil devolverá o dinheiro daqui a dez anos com a correção dos juros acordada, ou seja, de 4,188% ao ano.
O fato de os investidores aceitarem taxas menores significa maior grau de confiança dos investidores de que o Brasil conseguirá pagar a dívida a contento. Como a demanda foi elevada, maior até do que a oferta, foi possível reduzir a promessa de juros. O valor exato da procura não foi divulgado.
Existe a possibilidade de o Tesouro oferecer outros US$ 50 milhões no mercado asiático.
8/7/2011 , Correio do Brasil

quinta-feira, 7 de julho de 2011

História da cachaça - vamos dizer que seja verdade!!!

Você sabia?
Momento Manguaça Cultural

Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo.
Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.
Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou.

 
O que fazer agora?

A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.
No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado.
Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.
Resultado: o 'azedo' do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente.
Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome 'PINGA'.
Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de 'ÁGUA-ARDENTE'
Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar.
E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.

(História contada no Museu do Homem do Nordeste).

Uma nova sociedade ou um tsunami social-ecológico? Por Leonardo Boff

No último artigo aventei a idéia, sustentada por minorias, de que estamos diante de uma crise sistêmica e terminal do capitalismo e não de uma crise cíclica. Dito em outras palavras: foram destroçadas as condições de sua reprodução seja por parte da devastação da natureza e dos limites alcançados de seus bens e serviços seja por parte da desorganização radical das relações sociais, dominadas pela economia de mercado com a predominância do capital financeiro. A tendência dominante é pensar que se pode sair da crise, voltando ao que era antes, com pequenas correções, garantindo o crescimento, resgatando empregos e assegurando lucros. Portanto, continuarão os negócios as usual.

As bilionárias intervenções dos Estados industriais salvaram bancos, evitaram uma derrocada sistêmica, mas não transformaram o sistema econômico. Pior ainda, as injeções estatais facilitaram o triunfo do capital especulativo sobre a economia real. Aquele é tido com o principal deslanchador da crise, comandado por verdadeiros ladrões que colocam o lucro acima do destino dos povos, como se viu agora com a Grécia. A lógica do lucro máximo está destruindo os indivíduos, as relações sociais, penalizando os pobres, acusados de dificultar a implantação do capital. A bomba foi mantida com o estopim. Um problema maior qualquer poderá acender o estopim. Muitos analistas se perguntam amedrontados: a ordem mundial sobreviveria a outra crise do tipo da que tivemos?
O sociólogo francês Alain Touraine assevera em seu recente livro Após a crise (Vozes 2011): ou a crise acelera a formação de uma nova sociedade ou vira um tsunami que poderá arrasar tudo o que encontrar pela frente, pondo em perigo mortal nossa própria existência no planeta Terra (p. 49.115). Razão a mais para sustentar a tese de que estamos em face de uma situação terminal deste tipo de capital. Impõe-se a urgência de pensar valores e princípios que poderão fundar um novo modo de habitar a Terra, organizar a produção e a distribuição dos bens, não só para nós (superar o antropocentrismo), mas para toda a comunidade de vida. Este foi o objetivo da produção da Carta da Terra, animada por M. Gorbachev que, como ex-chefe de Estado, da União Soviética, conhecia os instrumentos letais disponíveis para a destruição até da última vida humana, como afirmou em várias reuniões.
Aprovada pela UNESCO em 2003, ela contém, efetivamente, “princípios e valores para um modo de vida sustentável como critério comum para indivíduos, organizações, empresas e governos”. Urge estudá-la e deixar-se inspirar por ela, sobretudo agora, na preparação da Rio+20.
Ninguém pode prever o que virá após a crise. Há apenas insinuações. Estamos ainda na fase do diagnóstico de suas causas profundas. Lamentavelmente são, sobretudo, economistas que fazem análises da crise e menos sociólogos, antropólogos, filósofos e estudiosos das culturas. O que está ficando claro é o seguinte: houve um triplo descolamento: o capital financeiro se descolou da economia real; a economia em seu conjunto, da sociedade; e a sociedade em geral, da natureza. Esta separação criou uma fumaça tal que já não vemos quais caminhos seguir.
Os “indignados” que enchem as praças de alguns países europeus e do mundo árabe, estão colocando este sistema em xeque. Ele é ruim para a maioria da humanidade. Até agora eram vítimas silenciosas. Agora gritam alto. Não só buscam emprego, mas reclamam direitos humanos fundamentais. Querem ser sujeitos, vale dizer, atores de outro tipo de sociedade na qual a economia esteja a serviço da política e a política a serviço do bem viver das pessoas entre si e com a natureza. Seguramente não basta querer. Impõe-se uma articulação mundial, a criação de organismos que viabilizem um outro modo de conviver e uma representação política ligada aos anseios gerais e não aos interesses do mercado. Trata-se de refundar a vida social.
Por mim, vejo os indícios, em muitas partes, do surgimento de uma sociedade mundial ecocentrada e biocentrada. O eixo será o sistema-vida, o sistema-Terra e a Humanidade. Tudo deve servir a esta nova centralidade. Caso contrário, dificilmente evitaremos um tsunami ecológico-social possível.
Em 06.07.11 (Correio do Brasil)
Leonardo Boff é autor de Opção-Terra. A solução para a Terra não cai do céu. Record 2010.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Governo amplia faixa etária para rastreamento de câncer de colo de útero

O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira novas diretrizes nacionais para o rastreamento de câncer de colo de útero. Segundo o governo, haverá a ampliação na idade máxima para a realização do exame preventivo, que vai de 59 anos para 64 anos. O exame, conhecido como papanicolau, deve ser feito periodicamente a partir dos 25 anos.

O exame é capaz de identificar lesões que antecedem o câncer, permitindo o tratamento antes que a doença se desenvolva. Segundo o ministério, o papanicolau deverá ser feito, inicialmente, anualmente. Após dois resultados negativos consecutivos, o exame deverá ser feito com intervalo de três anos.
No caso das mulheres com mais de 64 anos e que nunca realizaram o papanicolau, devem ser feitos dois exames preventivos com intervalo de um a três anos. Se os dois resultados forem negativos, essas mulheres poderão ser dispensadas de exames adicionais.

Segundo a ginecologista Flávia de Miranda Corrêa, técnica da divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a ampliação da faixa etária para o rastreamento do câncer do colo do útero segue a tendência internacional relacionada ao aumento da longevidade.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer do colo do útero é o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama. Em 2010, foi responsável pela morte de 4.800 mulheres e por 18.430 novos casos.

As novas diretrizes fazem parte do Plano Nacional de Fortalecimento das Ações de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero, do Ministério da Saúde, lançado pela presidente Dilma Rousseff, no último mês de março. O plano prevê ainda um programa de capacitação de ginecologistas para padronizar o diagnóstico de acordo com as novas diretrizes.

Dermatologia - Pesquisadora da USP cria novo protetor solar

Dermatologia
Pesquisadora da USP cria novo protetor solar

Filtro solar à base de fosfato de cério é mais eficaz e durável que os comercializados atualmente

Uma pesquisa desenvolvida no Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto identificou um novo filtro solar, à base de fosfato de cério, mais eficaz que os utilizados atualmente, à base de óxidos de zinco e titânio.

“Com esse produto o cosmético terá maior duração de validade”, afirma Juliana Fonseca de Lima, que iniciou a pesquisa ainda durante sua graduação. A pesquisa foi desenvolvida entre 2006 e 2008, mas só, agora, após a obtenção do registro de patente no Instituto Nacional de Pesquisa Industrial (Inpi), está sendo divulgada.

Segundo Juliana, o óleo produzido com fosfato de cério é menos degradado quando comparado aos óxidos de zinco e tem maior capacidade de absorção de radiação ultravioleta (UV). A empresa carioca Silvestre Labs já firmou contrato para produzir protetores solares usando o produto pesquisado.