Espaço para debate sobre saúde, política, economia, arte, principalmente literatura , história e esporte.
domingo, 31 de dezembro de 2017
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
Poema - O padre entendeu
O padre não compreendeu
Porque uma criança choramingava
Ajoelhou e compadeceu
Era sua profissão que vingava
As débeis frases
Não tinham nexo
Chorava e falava em preces
O padre era comoção
Abraçou-a, tinha seis anos
Ele chorou, então,
Molhava as hóstias em pranto
Um espírito infantil murchou
O padre entendeu
O mundo a estuprou
Natuba-PB, 19.10.99
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
Poema - No fim, enfim
No fim ao fim
Palavras e versos me traem para te agradecer
Tua lucidez que não surpreende a mim
Presenciei o surgimento de um escritor
Diria mais, diria maestro
Desta língua que te inspira dor e amor
És exemplo de dedicação e alegria
Vinga tua busca pelos meandros da saúde
Não te contenhas em bradar tua sabedoria
É magnífico teu poema, o meu, rude
Capricho em vão para te proporcionar
A mesma alegria de ler tua obra assim
E que a traição referida permita-me sonhar
No fim
07.03.98
Palavras e versos me traem para te agradecer
Tua lucidez que não surpreende a mim
Presenciei o surgimento de um escritor
Diria mais, diria maestro
Desta língua que te inspira dor e amor
És exemplo de dedicação e alegria
Vinga tua busca pelos meandros da saúde
Não te contenhas em bradar tua sabedoria
É magnífico teu poema, o meu, rude
Capricho em vão para te proporcionar
A mesma alegria de ler tua obra assim
E que a traição referida permita-me sonhar
No fim
07.03.98
"Hoje é um novo dia..." Será mesmo? Assista à reflexão de final de ano do Sindicato dos Médicos do Ceará.
Mais um ano se encerra, o desrespeito continua. Por isso os médicos do Ceará soltaram a voz para denunciar o estado precário, calamitoso, em que se encontra a saúde do estado. Pacientes morrem por falta dos materiais mais simples. Falta tudo, mas ainda sobra indignação para gritar bem alto que o horror continua.
domingo, 17 de dezembro de 2017
sábado, 16 de dezembro de 2017
Poema - Natimorto
Nasceu uma criança sem vida
Então, não nasceu
Deixar uma mãe deprimida
O pai, bem, este desapareceu
Não é ficção,
Rotina
Vida ao vivo sem perdão
A mãe jaz inerte, após a notícia
O pai descansa sem paz
Seu dia não precisava ser assim
Mas o destino assim faz
Sua vida tem mais uma chama
Tem outra filha
Doente, mas ama
Limoeiro-PE, 02.10.99
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
Poema - Mundo Solidão
Procurar imaginar o mundo solidão
Seria feito de silêncio e amor
Todo ser amava e se fechava
Para o céu e para a flor
Paragens sem fim
Onde o tormento embrutecido sorria
Nos frágeis braços do espírito
Que era feliz quando adormecia
Agora não posso mais chorar
Sinto dores sem trauma
Algia que se instala por sonhos
Não sonho, enfim, pesadelo
É isto que me atormenta
No mundo solidão, vivê-lo
Recife, 23.09.99
Seria feito de silêncio e amor
Todo ser amava e se fechava
Para o céu e para a flor
Paragens sem fim
Onde o tormento embrutecido sorria
Nos frágeis braços do espírito
Que era feliz quando adormecia
Agora não posso mais chorar
Sinto dores sem trauma
Algia que se instala por sonhos
Não sonho, enfim, pesadelo
É isto que me atormenta
No mundo solidão, vivê-lo
Recife, 23.09.99
Poema - Minha namorada
Minha namorada
Bela namorada
És mais que minha linda, amada
Luto por ti, bela namorada
A ti, meus esforços são prazerosos
Por ti, alegro-me em vencer
Após lutas em prantos copiosos
Por ti, alegro-me em vencer
Meu sonho não é utopia
Enquanto sorria
É um momento transcendente
Pura alegria
Débeis são meus poemas
Tentam em vão te impressionar
Não vingam nem dezenas
De vis rimas a te cantar
Sempre em vão te consolar
No entanto, você não quer consolo
Você almeja me amar
Sou apenas um tolo
Imprecisas são minhas lágrimas
Amor, saudade, qual razão?
Lembro-me dentre tuas dádivas
Só amar sem interrogação
01.03.98
Bela namorada
És mais que minha linda, amada
Luto por ti, bela namorada
A ti, meus esforços são prazerosos
Por ti, alegro-me em vencer
Após lutas em prantos copiosos
Por ti, alegro-me em vencer
Meu sonho não é utopia
Enquanto sorria
É um momento transcendente
Pura alegria
Débeis são meus poemas
Tentam em vão te impressionar
Não vingam nem dezenas
De vis rimas a te cantar
Sempre em vão te consolar
No entanto, você não quer consolo
Você almeja me amar
Sou apenas um tolo
Imprecisas são minhas lágrimas
Amor, saudade, qual razão?
Lembro-me dentre tuas dádivas
Só amar sem interrogação
01.03.98
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
Sobrames/CE - Posse novos membros 2017
A diretoria da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional Ceará (Sobrames-CE) convida para a posse de seus novos membros e Confraternização Natalina.
Data: 11/12/2017
Horário: 19:30h
Local: Auditório da Unichristus (Av. Padre Antônio Tomás, 3404 - Cocó)
Data: 11/12/2017
Horário: 19:30h
Local: Auditório da Unichristus (Av. Padre Antônio Tomás, 3404 - Cocó)
domingo, 3 de dezembro de 2017
Poema - Minha hora
Minha hora
Mais uma vez irei tentar definir
O que a caneta não consegue escrever
Eu sou e vou seguir
O resto aconteceu e vai morrer
Eu tento buscar outro caminho
Caminho este que não encontro
Sem precisar um carinho
Quiçá, galgar um canto
Três fontes há de saber
Físico é o forte
Mente para ser
Espírito de Lorde
Três gerações de perfeições
Criança incisiva
Adulto contra o não
Senilidade progressiva
Vou tentar mais uma vez
Vale a pena sofrer
Não faço outra vez
Abstraio-me para não perecer
Pode ser fácil ou vil
Não me importa agora
Esta estrada varonil
É parte de caminho, minha hora
Limoeiro, 25.09.00
Mais uma vez irei tentar definir
O que a caneta não consegue escrever
Eu sou e vou seguir
O resto aconteceu e vai morrer
Eu tento buscar outro caminho
Caminho este que não encontro
Sem precisar um carinho
Quiçá, galgar um canto
Três fontes há de saber
Físico é o forte
Mente para ser
Espírito de Lorde
Três gerações de perfeições
Criança incisiva
Adulto contra o não
Senilidade progressiva
Vou tentar mais uma vez
Vale a pena sofrer
Não faço outra vez
Abstraio-me para não perecer
Pode ser fácil ou vil
Não me importa agora
Esta estrada varonil
É parte de caminho, minha hora
Limoeiro, 25.09.00
domingo, 26 de novembro de 2017
Meu poema
Meu poema
Meu poema é assim
Um tanto ingênuo
Rude, pretencioso
Pedaço de mim
Busca a perfeição
Ora, para que fixação?
Não conto sílabas
O que te guias?
Vinte e três anos
Quem dera, um neófito desponta
Um mundo novo emerge
Vale alimentar tanta esperança?
Exemplos desfilam grandiosamente
Neruda, Vinicius de Moraes, tantos
Tudo preenche, mente
Ele precisa seguir esta gente
Aprender é o verbo da vez
Esqueceu de amar?
Lembrou-se de viver?
Melhor sentar para ver
Tento só mais um momento
Bonito será o tormento
De com o meu intento
Aprender, amar e vencer, eu tento
24.02.98
Meu poema é assim
Um tanto ingênuo
Rude, pretencioso
Pedaço de mim
Busca a perfeição
Ora, para que fixação?
Não conto sílabas
O que te guias?
Vinte e três anos
Quem dera, um neófito desponta
Um mundo novo emerge
Vale alimentar tanta esperança?
Exemplos desfilam grandiosamente
Neruda, Vinicius de Moraes, tantos
Tudo preenche, mente
Ele precisa seguir esta gente
Aprender é o verbo da vez
Esqueceu de amar?
Lembrou-se de viver?
Melhor sentar para ver
Tento só mais um momento
Bonito será o tormento
De com o meu intento
Aprender, amar e vencer, eu tento
24.02.98
terça-feira, 21 de novembro de 2017
Poema - Meu anseio por ti
Vou merecer-te
Do fio do teu cabelo
Até o dedinho do pé
Toda, garanto a ti
Talvez, a minha garantia não a satisfaça
Mas, será que eu a preencho?
Ou, quem sabe, isto seja uma mera paixão
Mal resolvida?
Eu, particularmente, acredito em nós
Não estou usando palavras agradáveis
Ou formatos de poemas em vão
Eu, realmente, amo-te
Como será possível?
Amor?
Sem namoro?
O que tu achas?
Gostaria de poder ouvir-te
Dizendo que me ama também
Sempre amou, que sofreu comigo
Por estes longos anos
Nesta última estrofe
Meu anseio por ti
Não quero te perder de novo
Não suportaria presenciar teus olhos partir
Edmar, 25.05.00, Maracanaú
Do fio do teu cabelo
Até o dedinho do pé
Toda, garanto a ti
Talvez, a minha garantia não a satisfaça
Mas, será que eu a preencho?
Ou, quem sabe, isto seja uma mera paixão
Mal resolvida?
Eu, particularmente, acredito em nós
Não estou usando palavras agradáveis
Ou formatos de poemas em vão
Eu, realmente, amo-te
Como será possível?
Amor?
Sem namoro?
O que tu achas?
Gostaria de poder ouvir-te
Dizendo que me ama também
Sempre amou, que sofreu comigo
Por estes longos anos
Nesta última estrofe
Meu anseio por ti
Não quero te perder de novo
Não suportaria presenciar teus olhos partir
Edmar, 25.05.00, Maracanaú
Quem é da esquerda no Brasil?
➖É o cidadão que se preocupa com os centavos da passagem de ônibus, mas ignora os 88 bilhões da Petrobras.
➖É a moça que defende o aborto, mas considera a palmada um crime hediondo.
➖É aquele que se escandaliza quando uma criança usa farda de policial, mas acha normal um menino de 8 anos dançando sensualmente entre adultos.
➖É aquele que protesta quando morre um traficante, mas festeja quando morre um policial militar.
➖É o cara que se escandaliza com Bolsonaro, mas não vê problema algum em José Dirceu, Graça Foster, em Dilma e em Lula, e chama João Vaccari de herói.
➖É aquele que odeia os judeus e quer a destruição do Estado de Israel, mas faz campanha contra o racismo e xinga os adversários de nazistas e fascista. (Odeia Israel e chama a direita de nazista).
➖É aquele que acusa quem defende pena perpétua, mas ignora o professor que defendeu o estupro de Rachel Sheherazade.
➖É aquele que chama empresário de sonegador, mas aceita a maquiagem fiscal da Dilma.
➖É aquele que chama o caso Celso Daniel de "crime comum".
➖É aquele que prega a estatização do financiamento eleitoral.
➖É aquele que não vê nada demais no fato de o PIB per capita da Coreia do Sul ser de 32 mil dólares e o da Coreia do Norte, de 1.800 dólares. Afinal, a Coreia comunista é mais igualitária.
➖É aquele que exalta na faculdade a ditadura cubana, mesmo sabendo que somente em 01/02/2016 chegou Internet (censurada) nos domicílios em Cuba (só em domicílios de pessoas do governo). [20 anos de atraso].
➖É aquele que apoia o movimento gay, mas também apoia o regime cubano, que já fez campos de concentração para homossexuais.
➖É aquele que acredita em governo grátis, mesmo quando o País trabalha CINCO MESES POR ANO para pagar impostos.
➖É aquele que odeia a censura, mas quer o controle social da mídia, como Marco Civil da Internet e o Humaniza Redes.
➖É aquele que faz tudo para acabar com a família e a igreja, pois sabe que elas são os principais focos de resistência ao poder do Estado e dos movimentos sociais.
➖É aquele que apoiou o impeachment de Collor achando que foi legitimo, mas diz que o impeachment de Dilma é golpismo.
➖É aquele que diz que a cadeia não resolve, mas quer que quem conte uma simples piada sobre gays seja preso por homofobia.
➖É aquele que diz que o PT acabou com a pobreza no Brasil, mas cinco minutos depois diz que o aumento da violência é consequência da pobreza.
➖É aquele que diz que o problema do mundo é o livre mercado, mas cinco minutos depois diz que Cuba só vai mal por causa do embargo econômico.
➖É aquele que diz que menores de idade praticam um número insignificante de crimes, mas cinco minutos depois diz que se a maioridade for reduzida, as prisões irão superlotar.
➖É aquele que diz que meritocracia não existe, mas diz que a Dilma ganhou por mérito.
➖É aquele que defende os ideais de Mussolini: -Tudo no Estado, nada fora do Estado e nada contra o Estado-, mas chama de fascista quem é contra.
➖É aquele que diz que combate os estereótipos de cor, sexo, classe social, mas chama os outros de coxinhas, de elite branca, etc.
➖É aquele que defende a liberação das drogas, mas acusa o Aécio de cheirador.
➖ *É aquele que...enfim..é um HIPÓCRITA‼*
➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖
domingo, 19 de novembro de 2017
MBA em Gestão de Saúde
MBA em Gestão da Saúde é um investimento que todos os gestores médicos que estejam à frente de alguma pasta da saúde pública, privada como em hospitais ou clínicas e nas entidades médicas como conselhos, sindicatos, cooperativa ou sociedades devem frequentar.
Livro: A SAÚDE TEM CURA - Wilson Pollara
Atualmente, como secretário de saúde de São Paulo, aponta diagnósticos da crise que assola a saúde e aponta propostas para a área.
Denúncia Hospital de Messejana
Relato de hoje de um plantonista de messejana:
Hospital de Messejana hoje, 18.11.17, está sem angioplastia primária (tem stent, mas não tem balão pra dilatar) e sem trombolítico. *Infarto com supra hoje vai ser tratado como nos anos 50*. Grave crime! Pessoas vão morrer. Outros vão ser condenados à insuficiência cardíaca.
Hospital de Messejana hoje, 18.11.17, está sem angioplastia primária (tem stent, mas não tem balão pra dilatar) e sem trombolítico. *Infarto com supra hoje vai ser tratado como nos anos 50*. Grave crime! Pessoas vão morrer. Outros vão ser condenados à insuficiência cardíaca.
sábado, 18 de novembro de 2017
Poema - Meu amigo
Meu amigo
Meu amigo, eis-me aqui
Sinto a aspereza do teu semblante benigno
Vinga a tua saudade sem maldade
Quebra este fio que nos sustenta
Guarda a chama que nos queima
É lancinante a alegria do ser
Da mais pura amizade alvorecer
Trilha tua busca nos bares
Toda jocosa aventura sobre meus males
Agradeço-te por tua compaixão
Revendo assim o teu coração
Trepidar em palavras de sustento
Sem piegas momentos
Iluminando dias do presente não sentido
Apenas quando metamorfoseia
Em passado, mero sonho perdido
Julgo em loucuras minhas falhas
Aplaudo com brandura tuas bondades
Meu amigo, eis-me aqui
14.05.98
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
O Mestre e o gafanhoto
-Mestre
-Diga, gafanhoto
-E os trabalhadores, com essa reforma trabalhista?
-O que tem eles?
-A vida dos empresários ficou molezinha agora, vão poder explorar os empregados.
-Peça demissão então. Ninguém te obriga a trabalhar pro seu patrão.
-Mas aí eu faço oq da vida, Mestre?
-Vira empresário! Ouvi falar que ficou molezinha agora, gafanhoto.
-Diga, gafanhoto
-E os trabalhadores, com essa reforma trabalhista?
-O que tem eles?
-A vida dos empresários ficou molezinha agora, vão poder explorar os empregados.
-Peça demissão então. Ninguém te obriga a trabalhar pro seu patrão.
-Mas aí eu faço oq da vida, Mestre?
-Vira empresário! Ouvi falar que ficou molezinha agora, gafanhoto.
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
Poema - Mar Mágoa
Exausto, agora me vejam
Não sei a quem buscar
Só penso assim
Não quero chorar
Afogo as mágoas neste mar
Minhas forças se esvaem
Meu espírito para lapidar
E seca a certeza
Preenche de rancor
Uma ideia beleza
Ser vaiada como for
Eu quero alegria para viver
Vou voltar para minha origem
E me soerguer
Limoeiro-PE, 02-10-99
Não sei a quem buscar
Só penso assim
Não quero chorar
Afogo as mágoas neste mar
Minhas forças se esvaem
Meu espírito para lapidar
E seca a certeza
Preenche de rancor
Uma ideia beleza
Ser vaiada como for
Eu quero alegria para viver
Vou voltar para minha origem
E me soerguer
Limoeiro-PE, 02-10-99
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
Convite posse CCC
Segue em anexo o convite para a posse da nova diretoria do Centro Cultural do Ceará.
Será no dia 23/11/2017, às 19h, no Palácio da Luz.
Contamos com a presença de todos vocês para abrilhantarem a nossa noite.
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
Poema Mangue
Mangue
É preguiça de pensar
Pobreza de deduzir
Não quero podar
A veia alvorecente do parir
Parir meus sonhos nas subidas
Correr até cansar
Confiar nas descidas
Vejo padecer meus músculos
Saliva e lágrimas em sangue
Correm reduzidos a miúdos
Apodrecem no mangue
01.10.99
100 anos da Revolução Russa
Quando vocês virem algumas pessoas comemorando os 100 anos da Revolução Russa e como ela foi “boa” pra classe trabalhadora, pensem nessa passagem deste livro:
“Uma das prioridades do regime na primavera de 1921 era a retomada da produção industrial que fora reduzida a um décimo da sua capacidade em 1913. Longe de diminuir a pressão sobre os operários, os bolcheviques mantiveram, ou mesmo reforçaram, a militarização do trabalho iniciada no decorrer dos anos precedentes. A condução política em 1921, após a adoção da NPE, na grande região industrial e mineira de Donbass - que produzia mais de 80% do carvão e do aço do país -, aparece, em vários aspectos, como reveladora dos métodos ditatoriais empregados pelos bolcheviques para que “os operários retornassem ao trabalho”. No fim de 1920, Piatakov, um dos principais dirigentes e próximo de Trotski, havia sido nomeado para a chefia da Direção Central da Indústria Carvoeira. Em um ano, ele conseguiu quintuplicar a produção de carvão, mas a custo de um política de exploração e de repressão da classe operária sem precedentes, que se baseava na militarização do trabalho dos 120 mil mineiros que realizavam esses serviços. Piatakov impôs uma disciplina rigorosa: toda ausência era qualificada como “ato de sabotagem” e sancionada com penas em campo de concentração, ou até mesmo com a pena de morte - 18 mineiros foram executados em 1921 por “para-sitismo agravado”. Para obter dos operários um aumento de produtividade, ele introduziu um aumento das horas de trabalho (através, principalmente, do trabalho aos domingos) e generalizou a “chantagem com o cartão de racionamento”. Todas essas medidas foram tomadas no momento em que os operários recebiam, à guisa de todo pagamento, entre um terço e a metade de todo o pão necessário a sua sobrevivência; além do mais, eles ainda eram obrigados, no final de sua jornada de trabalho, a emprestar o único par de sapatos aos camaradas que assumiam seus postos. Como reconhecia a Direção da Indústria Carvoeira, entre as razões do grande número de ausentes do lado operário figuravam, além das epidemias, “a fome permanente” e “a falta quase que total de roupas, de calças e de sapatos”. Para se reduzir o número de bocas a serem alimentadas, já que a fome era ameaçadora, Piatakov ordenou, em 24 de junho de 1921, que fossem expulsas das cidades mineiras todas as pessoas que não trabalhassem nas minas, pois elas representavam necessariamente um “peso morto”. Os cartões de racionamento foram retirados dos membros das famílias dos mineiros. As normas de racionamento foram estritamente alinhadas às performances individuais de cada mineiro, sendo introduzida uma forma primitiva de salário, por quantidade produzida.”
O livro negro do comunismo, pag. 59.
“Uma das prioridades do regime na primavera de 1921 era a retomada da produção industrial que fora reduzida a um décimo da sua capacidade em 1913. Longe de diminuir a pressão sobre os operários, os bolcheviques mantiveram, ou mesmo reforçaram, a militarização do trabalho iniciada no decorrer dos anos precedentes. A condução política em 1921, após a adoção da NPE, na grande região industrial e mineira de Donbass - que produzia mais de 80% do carvão e do aço do país -, aparece, em vários aspectos, como reveladora dos métodos ditatoriais empregados pelos bolcheviques para que “os operários retornassem ao trabalho”. No fim de 1920, Piatakov, um dos principais dirigentes e próximo de Trotski, havia sido nomeado para a chefia da Direção Central da Indústria Carvoeira. Em um ano, ele conseguiu quintuplicar a produção de carvão, mas a custo de um política de exploração e de repressão da classe operária sem precedentes, que se baseava na militarização do trabalho dos 120 mil mineiros que realizavam esses serviços. Piatakov impôs uma disciplina rigorosa: toda ausência era qualificada como “ato de sabotagem” e sancionada com penas em campo de concentração, ou até mesmo com a pena de morte - 18 mineiros foram executados em 1921 por “para-sitismo agravado”. Para obter dos operários um aumento de produtividade, ele introduziu um aumento das horas de trabalho (através, principalmente, do trabalho aos domingos) e generalizou a “chantagem com o cartão de racionamento”. Todas essas medidas foram tomadas no momento em que os operários recebiam, à guisa de todo pagamento, entre um terço e a metade de todo o pão necessário a sua sobrevivência; além do mais, eles ainda eram obrigados, no final de sua jornada de trabalho, a emprestar o único par de sapatos aos camaradas que assumiam seus postos. Como reconhecia a Direção da Indústria Carvoeira, entre as razões do grande número de ausentes do lado operário figuravam, além das epidemias, “a fome permanente” e “a falta quase que total de roupas, de calças e de sapatos”. Para se reduzir o número de bocas a serem alimentadas, já que a fome era ameaçadora, Piatakov ordenou, em 24 de junho de 1921, que fossem expulsas das cidades mineiras todas as pessoas que não trabalhassem nas minas, pois elas representavam necessariamente um “peso morto”. Os cartões de racionamento foram retirados dos membros das famílias dos mineiros. As normas de racionamento foram estritamente alinhadas às performances individuais de cada mineiro, sendo introduzida uma forma primitiva de salário, por quantidade produzida.”
O livro negro do comunismo, pag. 59.
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
domingo, 5 de novembro de 2017
34ª Antologia da Sobrames - Ceará 2017
Com muito orgulho que estou participando desta Antologia publicada pela SOBRAMES - CE em 2017 com quatro poemas e dois contos.
"A Regional Ceará da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (Sobrames-CE) reúne cerca de oitenta médicos em seu quadro social, exercendo importante papel na promoção da cultura estadual, mercê da Antologia publicada, anualmente, reunindo contribuições, em prosa e versos, da lavra quase exclusiva de iátricos.
A série de Antologias da Sobrames-CE teve o seu começo em 1981, conduzida pelos sobramistas desbravadores Emanuel de Carvalho e Paulo Gurgel, e agora, em 2017, atinge à sua 34ª produção, exibindo maturidade e qualidade consolidadas, com esmero literário, servindo para emular o aparecimento de novos escritores no meio médico". Trecho da apresentação desta antologia assinada pelo então presidente da Sobrames-Ce Marcelo Gurgel.
Poema Lágrima de fogo
Lágrima de fogo
Ele plantou uma semente
Não foi de vida devida
Em derradeiro ato somente
Como estopim da dor ferida
Dilacerou-se seu céu
Nem existia mais o eu
Evidências de um réu
Próprio de um imenso jubileu
Ele pecava para pagar pecados
Sem evidências de retorno
De sanidade sob os cabelos
Um triste tolo
Não vingava sua angústia
Buscava o prometido
De afirmação com astúcia
Propagadas na sua partida
Preencheu suas malas
Com sangue de suas veias
Tudo, até balas
Mas não tinha revólver, só meias
Perdeu tudo no fogo
Era seu infortúnio macabro
Lágrima de fogo
Câncer alastrado
Ele plantou uma semente
Não foi de vida devida
Em derradeiro ato somente
Como estopim da dor ferida
Dilacerou-se seu céu
Nem existia mais o eu
Evidências de um réu
Próprio de um imenso jubileu
Ele pecava para pagar pecados
Sem evidências de retorno
De sanidade sob os cabelos
Um triste tolo
Não vingava sua angústia
Buscava o prometido
De afirmação com astúcia
Propagadas na sua partida
Preencheu suas malas
Com sangue de suas veias
Tudo, até balas
Mas não tinha revólver, só meias
Perdeu tudo no fogo
Era seu infortúnio macabro
Lágrima de fogo
Câncer alastrado
sábado, 4 de novembro de 2017
Poema - Insônia
Insônia
Começo a sonhar
Começo a sonhar dormindo
Começo a sonhar dormindo atento
Começo a sonhar dormindo atento, então, me rendo
Descanso já se vai
Preciso de um tranquilizante, recomeço
Corro atrás do lençol, tropeço
Tento de novo com o travesseiro, mas escorrego
Voam palavras, invenções
Pula tudo, pulam emoções
Lembro acontecimentos, ações
Quero dormir, então, canções
Jogo conversa fora comigo
Já nem penso em que dizer
Vale tudo até se benzer
De uma triste hora sem merecer
Brinco de olhos fechados, sozinho
Ninguém para brincar juntinho
Nem este distante sono mesquinho
Vou brincar no meu ninho
Começa outro dia sem encantamento
Mentira, há encantamento
Desculpe-me, descontentamento
Insônia, ouve este lamento
24.02.98, às 3h30
Começo a sonhar
Começo a sonhar dormindo
Começo a sonhar dormindo atento
Começo a sonhar dormindo atento, então, me rendo
Descanso já se vai
Preciso de um tranquilizante, recomeço
Corro atrás do lençol, tropeço
Tento de novo com o travesseiro, mas escorrego
Voam palavras, invenções
Pula tudo, pulam emoções
Lembro acontecimentos, ações
Quero dormir, então, canções
Jogo conversa fora comigo
Já nem penso em que dizer
Vale tudo até se benzer
De uma triste hora sem merecer
Brinco de olhos fechados, sozinho
Ninguém para brincar juntinho
Nem este distante sono mesquinho
Vou brincar no meu ninho
Começa outro dia sem encantamento
Mentira, há encantamento
Desculpe-me, descontentamento
Insônia, ouve este lamento
24.02.98, às 3h30
sexta-feira, 3 de novembro de 2017
Poema - Insólito
Insólito
Deixem-me falar
Deixem-me escrever
Não quero sua pena
Eu quero é viver
Viver meus momentos,
Meus momentos
Meus
Vou seguir cantando, sim
A melodia que eu quiser
Comer salgado e pudim
Amar qualquer mulher
Se sou feliz, sou neófito
Tenho alegria em propagar
Meu futuro não será insólito
Limoeiro, 25.09.99
Deixem-me falar
Deixem-me escrever
Não quero sua pena
Eu quero é viver
Viver meus momentos,
Meus momentos
Meus
Vou seguir cantando, sim
A melodia que eu quiser
Comer salgado e pudim
Amar qualquer mulher
Se sou feliz, sou neófito
Tenho alegria em propagar
Meu futuro não será insólito
Limoeiro, 25.09.99
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
Poema - Intolerância
Intolerância
Eu não aceito o teu sim assim como você não concorda com a minha negativa justificada
Não vou tolerar os dados relacionados pelos fatos confirmados
Você grita tuas verdades e planos frustados porque eu não apoiava a tua insensatez nata
Enxergo um mundo de sucessos desde que sejam seguidas as minhas orientações
Você descreve um amanhecer tenebroso desde que este meu sonho seja realizado a contento
As tuas ideias são vãs, mesquinhas, traiçoeiras repletas de imperfeições
A mesma notícia gera revolta, amargura em você e alento e esperança em mim
Descrevo-te de intolerante, inflexível e você me amaldiçoa como um coração duro e amargo
Tua presença me enoja e você me descreve como pueril mentecapto aos ouvintes, enfim
Na falta de argumentos te humilho e você me inunda com o teu cuspe como a um vil afago
Não preciso te conhecer para te odiar, basta você ousar não concordar
Você não permite minhas convicções culturais, acadêmicas, familiares ou religiosas
Meu sonho é uma homogeneidade sábia, justa e humana sem a relevância de questionar
Você sonhou em se aproximar, mas vi os teus olhos, as lágrimas eram capciosas
Eu não aceito o teu sim assim como você não concorda com a minha negativa justificada
Não vou tolerar os dados relacionados pelos fatos confirmados
Você grita tuas verdades e planos frustados porque eu não apoiava a tua insensatez nata
Enxergo um mundo de sucessos desde que sejam seguidas as minhas orientações
Você descreve um amanhecer tenebroso desde que este meu sonho seja realizado a contento
As tuas ideias são vãs, mesquinhas, traiçoeiras repletas de imperfeições
A mesma notícia gera revolta, amargura em você e alento e esperança em mim
Descrevo-te de intolerante, inflexível e você me amaldiçoa como um coração duro e amargo
Tua presença me enoja e você me descreve como pueril mentecapto aos ouvintes, enfim
Na falta de argumentos te humilho e você me inunda com o teu cuspe como a um vil afago
Não preciso te conhecer para te odiar, basta você ousar não concordar
Você não permite minhas convicções culturais, acadêmicas, familiares ou religiosas
Meu sonho é uma homogeneidade sábia, justa e humana sem a relevância de questionar
Você sonhou em se aproximar, mas vi os teus olhos, as lágrimas eram capciosas
Poema - Desventura
Desventura
Pelejo pelos meus momentos
São sombrios, lúgubres
Não cicatrizam os ferimentos
Das mágoas insalubres
A dor corrói e grita
Machuca e fere
Em polvorosa angústia ensandecida
Meus dias passam como em um deleite de fel
Já tive horas de fé
Bebo sangue mesclado com mel
Mas sobrevivi em pior maré
Tenho vigor, tenho dó
Que contém minhas desventuras
Sou eu, sou só
Limoeiro-PE, 02.10.99
Pelejo pelos meus momentos
São sombrios, lúgubres
Não cicatrizam os ferimentos
Das mágoas insalubres
A dor corrói e grita
Machuca e fere
Em polvorosa angústia ensandecida
Meus dias passam como em um deleite de fel
Já tive horas de fé
Bebo sangue mesclado com mel
Mas sobrevivi em pior maré
Tenho vigor, tenho dó
Que contém minhas desventuras
Sou eu, sou só
Limoeiro-PE, 02.10.99
Poema - Eu
Eu
Chamam-me louco
Se for para ser assim
Viva a loucura, somente o tolo
Não acredita nas suas ideias, enfim,
Veja só meu estorvo
Comemorar meu grito
De novo
Minha caminhada agreste
Soverte o sovado espírito último
Como neste derradeiro poema, único
Recife-PE, 30.09.99
Chamam-me louco
Se for para ser assim
Viva a loucura, somente o tolo
Não acredita nas suas ideias, enfim,
Veja só meu estorvo
Comemorar meu grito
De novo
Minha caminhada agreste
Soverte o sovado espírito último
Como neste derradeiro poema, único
Recife-PE, 30.09.99
Poema - Família
Família
Falo da minha família
Escrevo maravilhas porque é
Recito poemas com vigor
Não me esqueço do amor
Amor da minha mãe, amor de mãe
Que fortalece, enobrece
Toda a minha vida linda
Ser em todo esplendor
Amor de pequena irmã
Posso dizer filha, quem dera
Prezo como a mim
Perfeita irmã toda assim
Pai parceiro, presente amigo
Também de outros companheiros
Tenho ciúmes, mas não me importo
Ele é meu pai e pronto
A irmã mais velha
Serve de exemplo, harmonia
Equilíbrio e fantasia
Adoro-te, amo, mas você não sabia
Recife-PE, 22.09.99
Falo da minha família
Escrevo maravilhas porque é
Recito poemas com vigor
Não me esqueço do amor
Amor da minha mãe, amor de mãe
Que fortalece, enobrece
Toda a minha vida linda
Ser em todo esplendor
Amor de pequena irmã
Posso dizer filha, quem dera
Prezo como a mim
Perfeita irmã toda assim
Pai parceiro, presente amigo
Também de outros companheiros
Tenho ciúmes, mas não me importo
Ele é meu pai e pronto
A irmã mais velha
Serve de exemplo, harmonia
Equilíbrio e fantasia
Adoro-te, amo, mas você não sabia
Recife-PE, 22.09.99
Poema - Tempo
Tempo
Estou exausto
O segundo metamorfoseia em minuto e hora
E as minhas energias se esvaem tentando inibir
O delírio em presenciar o tempo que de mim sorri
Pelo menos, alguém se alegra, digo eu
Perco a concentração da forma
Que se transforma em abstrato
Minha convicção reage
Não encontro medidas para este desespero
Basta cerrar os olhos e viver
A mim desprezas? Vocifera o Tempo
Quero desculpar-me, vacilo, choro
Isto é a fraqueza do ser
É a mostra da volúpia dos desenganos
A forma mais poética do fracasso
Quando vejo partir as minhas alegrias
No encalço do tempo perdido
Ânsia, estresse vem buscar sua recompensa
Maldita criatura,
Respeito-te nas asas da rebeldia do justo
Desejo-te a inquisição nas linhas mais românticas
Para que, de joelhos, peça-me o fúnebre perdão.
30.03.98
Estou exausto
O segundo metamorfoseia em minuto e hora
E as minhas energias se esvaem tentando inibir
O delírio em presenciar o tempo que de mim sorri
Pelo menos, alguém se alegra, digo eu
Perco a concentração da forma
Que se transforma em abstrato
Minha convicção reage
Não encontro medidas para este desespero
Basta cerrar os olhos e viver
A mim desprezas? Vocifera o Tempo
Quero desculpar-me, vacilo, choro
Isto é a fraqueza do ser
É a mostra da volúpia dos desenganos
A forma mais poética do fracasso
Quando vejo partir as minhas alegrias
No encalço do tempo perdido
Ânsia, estresse vem buscar sua recompensa
Maldita criatura,
Respeito-te nas asas da rebeldia do justo
Desejo-te a inquisição nas linhas mais românticas
Para que, de joelhos, peça-me o fúnebre perdão.
30.03.98
Poema - Giz
Giz
Disseram-me “romântico é amar”
Agradáveis afirmações
Sentenciosas ao afirmar
O “condenamento” das razões
O deleite do vinho do amor
Foi descrito em vasta literatura
Confirmando com sórdido rancor
Rancor de quem amou
Feriu-se com páginas perdidas
De cartas de amor
Que não chegaram a ser lidas
Disseram “quem amou é feliz agora”
Ouçam, amar é um giz
Nas mãos de uma hábil professora
Natuba-PB, 19.10.99
Disseram-me “romântico é amar”
Agradáveis afirmações
Sentenciosas ao afirmar
O “condenamento” das razões
O deleite do vinho do amor
Foi descrito em vasta literatura
Confirmando com sórdido rancor
Rancor de quem amou
Feriu-se com páginas perdidas
De cartas de amor
Que não chegaram a ser lidas
Disseram “quem amou é feliz agora”
Ouçam, amar é um giz
Nas mãos de uma hábil professora
Natuba-PB, 19.10.99
O Congresso, realizado pela AEMED-CE, com o apoio do Sindicato dos Médicos do Ceará, objetiva fortalecer a formação médica na Região, abrindo o debate para importantes temas sociais de impacto na formação e atuação do médico, bem como soluções inteligentes que contribuam para o fortalecimento das instituições de ensino.
Inscreva-se abertas! Corre lá!
http://congressosamedce.com.br
Inscreva-se abertas! Corre lá!
http://congressosamedce.com.br
quarta-feira, 1 de novembro de 2017
Poema - Espelho
Espelho
Pobre de mim que choro
Pena em demasia
Aborrecida imagem da aurora
No meu espelho perecia
Meu conto de fadas
É recheado de lobos maus
Minhas vitórias estão mofadas
Volta e meia canto
Voando dentro de mim
Para abrandar o meu pranto
Em soluços sem fim
Agora, saboreio lembranças
São amargas,
Piegas esperanças
Recife-PE, 01.10.99
Pobre de mim que choro
Pena em demasia
Aborrecida imagem da aurora
No meu espelho perecia
Meu conto de fadas
É recheado de lobos maus
Minhas vitórias estão mofadas
Volta e meia canto
Voando dentro de mim
Para abrandar o meu pranto
Em soluços sem fim
Agora, saboreio lembranças
São amargas,
Piegas esperanças
Recife-PE, 01.10.99
#DEVEDÔMETRO outubro 2017
17 prefeituras encerram outubro em débito com médicos; Limoeiro do Norte é destaque em anúncio no Diário do Nordeste
terça-feira, 31 de outubro de 2017
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
domingo, 29 de outubro de 2017
Dia Nacional do Livro - 27 de Outubro
O Dia do Livro surgiu em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional do Livro, em 1810, pela Coroa Portuguesa. Na época, D. João VI trouxe para o Brasil milhares de peças da Real Biblioteca Portuguesa, formando o princípio da Biblioteca Nacional do Brasil (fundada em 29 de outubro de 1810).
O Brasil começou a editar seus próprios livros ainda em 1808, quando D. João VI fundou a Imprensa Régia. O primeiro livro a ser editado foi "Marília de Dirceu", do escritor Tomás Antônio Gonzaga.
O Brasil começou a editar seus próprios livros ainda em 1808, quando D. João VI fundou a Imprensa Régia. O primeiro livro a ser editado foi "Marília de Dirceu", do escritor Tomás Antônio Gonzaga.
Poema - Generais sem exército
Generais sem exército
Houve uma grande batalha
Sem precedentes
Não havia falha
Dos aliados e contrapertinentes
De dilaceramento das carnes fortes
Soldados tombando
Noticiário: mais de um milhão de mortos
Os exércitos desapareciam
Os generais no afã da vitória
Não desistiam
As viúvas irão honrar-se da glória
No final, generais sem exército
Armas sem punhos
Começo, neófitos recrutados do insucesso
Natuba-PB, 19.10.99
Houve uma grande batalha
Sem precedentes
Não havia falha
Dos aliados e contrapertinentes
De dilaceramento das carnes fortes
Soldados tombando
Noticiário: mais de um milhão de mortos
Os exércitos desapareciam
Os generais no afã da vitória
Não desistiam
As viúvas irão honrar-se da glória
No final, generais sem exército
Armas sem punhos
Começo, neófitos recrutados do insucesso
Natuba-PB, 19.10.99
Poema - Granada
Granada
É uma guerra
É uma busca
É a habilidade sobre-humana
Lutando contra a armada
Que já se debruça
As armas são infernais
Granada
Não se ouvem tiros
Quiçá, explosões
Só há lamento e contração
Uma santa luta
Luta, lutou, luto
Apolônia
Por tantas vezes torturada
Por tantas vezes evocada
Vem, busca teu rebanho
Guia estes aliados tão famintos
Por deveras merecido descanso
Outrora, aventura um tanto esquecida
Por seus seguidores
Um tanto merecida
Granada
Esquece a ferida
Da Medicina parida
23.02.98
É uma guerra
É uma busca
É a habilidade sobre-humana
Lutando contra a armada
Que já se debruça
As armas são infernais
Granada
Não se ouvem tiros
Quiçá, explosões
Só há lamento e contração
Uma santa luta
Luta, lutou, luto
Apolônia
Por tantas vezes torturada
Por tantas vezes evocada
Vem, busca teu rebanho
Guia estes aliados tão famintos
Por deveras merecido descanso
Outrora, aventura um tanto esquecida
Por seus seguidores
Um tanto merecida
Granada
Esquece a ferida
Da Medicina parida
23.02.98
Poema - Hoje
Hoje
Hoje, resolvi cantar...
Mas, cantar pode ser amar, chorar, perdoar,
Este sim, perdoar quem eu não amo, nem choro
Sim, hoje vou perdoar...
Porém, perdoar pode me lembrar
De um passado de amargura e ternura
Sim, hoje eu vou lembrar...
Lembrar pode me fazer gritar, tripudiar
E me vingar daqueles que me fizeram gritar
A me tripudiar
Sim, hoje vou me vingar...
Prepara-te, pois se eu conseguir vencer
Vou ressarcir todas as dores
Que senti
Hoje, hoje vou é vencer...
Entretanto, vencer pode me levar
Posteriormente, à derrota sempre temida
Nunca extinta
Da minha vida de falhas a sonhar
Hoje, eu vou sonhar...
Sonhar com o bem, com alegria
Estou sonhando agora
Agora, vou acordar
30.08.98
Hoje, resolvi cantar...
Mas, cantar pode ser amar, chorar, perdoar,
Este sim, perdoar quem eu não amo, nem choro
Sim, hoje vou perdoar...
Porém, perdoar pode me lembrar
De um passado de amargura e ternura
Sim, hoje eu vou lembrar...
Lembrar pode me fazer gritar, tripudiar
E me vingar daqueles que me fizeram gritar
A me tripudiar
Sim, hoje vou me vingar...
Prepara-te, pois se eu conseguir vencer
Vou ressarcir todas as dores
Que senti
Hoje, hoje vou é vencer...
Entretanto, vencer pode me levar
Posteriormente, à derrota sempre temida
Nunca extinta
Da minha vida de falhas a sonhar
Hoje, eu vou sonhar...
Sonhar com o bem, com alegria
Estou sonhando agora
Agora, vou acordar
30.08.98
Poema - Amei e esperei
Amei e esperei
É gostoso amar quem amei
Quem nunca voou
Do meu coração - esperei
É fácil podar o estático e o concreto
Difícil é esquecer a garota abstrata
Que povoava minha saudade por certo
Que um dia retornaria - fada
Seu adjetivo por um fim
Apenas verbos de ação
Não quero antepor tua feição em mim
Sem que, realmente, tu queiras minha redenção
Venho buscar o que é meu…
Pelo menos do amor que ainda existe
Do companheiro que ainda é teu!
Maracanaú, 23.05.00
É gostoso amar quem amei
Quem nunca voou
Do meu coração - esperei
É fácil podar o estático e o concreto
Difícil é esquecer a garota abstrata
Que povoava minha saudade por certo
Que um dia retornaria - fada
Seu adjetivo por um fim
Apenas verbos de ação
Não quero antepor tua feição em mim
Sem que, realmente, tu queiras minha redenção
Venho buscar o que é meu…
Pelo menos do amor que ainda existe
Do companheiro que ainda é teu!
Maracanaú, 23.05.00
sábado, 28 de outubro de 2017
Poema - Sertanejo
As áridas vertigens
Abraçam em convulsão
A náusea, suntuosas esfinges
Plainam no ar do verão
Queima a fronte
Embrutecido, ríspido
Naturalismo flagrante
Corpos esfolados
Rostos ensandecidos
Trupe de esfomeados
Alcateia de indivíduos
Verte lágrimas, o sertanejo não
Terra, também, é seu espírito
Seco, duro e rachado, sem perdão
Umbuzeiro-PB, 20-10-99
Abraçam em convulsão
A náusea, suntuosas esfinges
Plainam no ar do verão
Queima a fronte
Embrutecido, ríspido
Naturalismo flagrante
Corpos esfolados
Rostos ensandecidos
Trupe de esfomeados
Alcateia de indivíduos
Verte lágrimas, o sertanejo não
Terra, também, é seu espírito
Seco, duro e rachado, sem perdão
Umbuzeiro-PB, 20-10-99
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
Poema - O homem
O homem
Nestas incertezas que se consomem
Nas angústias do inferno
Resta o pormenor, o homem
Se parece com um céu
O indefinido, mas abstrato
Onde voam os monges, nuvens de mel
Quando enche de sabor o tato
Mistura os sentidos porque quero
Vagueio pelo senso, lógico
Na dúvida, me emociono, me revelo
Parecer ser não é obra do acaso
Também não se sobrevém ser
O oposto pode imitar aquele vaso
Que se encheu do padecer
05.01.00
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