sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Brasil ganha cinco posições em ranking global de competitividade

O Brasil avançou cinco posições no ranking anual de competitividade do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), mas ainda é apenas a 53ª economia mais competitiva do mundo entre 142 países analisados.

A organização destaca o grande mercado consumidor interno e o ambiente sofisticado para negócios como os pontos fortes do país, mas observa que o pouco incentivo à competição, a rigidez das leis trabalhistas e o sistema educacional são áreas de preocupação e prejudicam a posição do país no ranking.
No ano passado, a economia brasileira havia perdido duas posições, apesar de uma melhoria da avaliação do país nos critérios adotados pelo WEF para formular o ranking, após ter galgado 16 posições entre 2007 e 2009.
Outros países latino-americanos também registraram uma grande melhora este ano: o México subiu oito posições (para 58º), o Peru ganhou seis (para 67º), a Bolívia subiu cinco (para 103º) e o Equador subiu quatro (para 101º). Panamá, Argentina, Barbados e Uruguai também ganharam posições no ranking.
O Chile – que teve uma leve melhora de avaliação, mas perdeu uma posição no ranking deste ano –permanece como o país latino-americano mais bem colocado na lista o WEF, na 31ª posição. A Argentina, que subiu duas posições, está em 85º.
Para o WEF, o desempenho geral dos países latino-americanos “está ligado a uma melhora em alguns fundamentos de competitividade, como políticas fiscais e monetárias mais sólidas e o crescimento da demanda interna, além das condições externas mais favoráveis, incluindo uma demanda robusta por commodities da China e a recuperação progressiva de economias importadoras, particularmente os Estados Unidos”.
A Suíça manteve a liderança no ranking, seguida por Cingapura, que ganhou uma posição, e Suécia, que caiu uma. Os Estados Unidos caíram uma posição entre 2010 e 2011 e agora estão em 5º no ranking.
A avaliação do WEF para a formulação do ranking considera 12 itens tidos como “pilares da competitividade”, divididos em três categorias – requisitos básicos, promotores de eficiência e fatores de inovação e sofisticação.
A primeira categoria inclui instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômico, e saúde e educação primária. Na segunda categoria, promotores da eficiência, o WEF considera educação secundária e treinamento, eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, preparo tecnológico e tamanho do mercado. Na terceira, fatores de inovação e sofisticação, são analisados sofisticação empresarial e inovação.
O WEF também divide os países em cinco grupos diferentes, dos menos desenvolvidos aos mais desenvolvidos, e atribui pesos diferentes a cada uma das três categorias básicas para cada grupo de países, considerando que nos países mais pobres os requisitos básicos são mais importantes do que outros fatores, enquanto nos mais desenvolvidos inovação e sofisticação têm um peso relativamente maior.
Entre as três categorias básicas, o Brasil se sai melhor em fatores de inovação e sofisticação, no qual fica em 35º no ranking específico, e entre os promotores de eficiência (41º), mas aparece somente como o 83º na categoria requisitos básicos.
O país é listado pelo WEF no grupo de países com estágio intermediário de desenvolvimento, impulsionados pela eficiência, para os quais a organização considera um peso relativamente maior aos promotores de eficiência e aos requisitos básicos na elaboração do ranking geral.
Entre os itens mais bem avaliados da economia brasileira estão o tamanho do mercado consumidor (8º no ranking específico), segurança dos bancos (16º) e disponibilidade de serviços financeiros (25º).
No lado oposto, entre os itens mais mal avaliados no Brasil estão o peso das regulamentações governamentais (142º), extensão e efetividade dos impostos (142º), taxas de juros (137º) e qualidade de infraestrutura portuária (130º).
O WEF aponta que infraestrutura geral, item no qual o Brasil fica na 104ª posição, ainda é um dos pontos fracos do Brasil, apesar dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

7/9/2011, por Correio do Brasil

1976: Morre Mao Tsé-tung

Milhões de chineses foram às ruas para prestar a última homenagem ao líder revolucionário. Entretanto, desde o primeiro instante, certo alívio se misturava ao luto imposto por Pequim. Afinal de contas, os chineses do século 20 não tinham apenas motivos para agradecer ao patriarca da República Popular da China. O professor de literatura e dissidente Liu Zaifu recorda:
“A era de Mao foi um tempo em que cada desejo era ditado de cima, em nome da ideologia e da libertação. Em nome da ‘sagrada revolução’, a alma das pessoas era esmagada, era impossível falar em liberdade.”
Mao Tsé-tung nasceu em 26 de dezembro de 1893, na província de Hunan, no centro da China, filho de uma pobre família de lavradores. Na virada do século, o país estava devastado pela corrupção e diante do colapso econômico. A situação do último imperador diante das potências coloniais do Ocidente era desesperadora.
No jovem Mao, cresceu cedo o desejo de salvar a si, a família e, por fim, o próprio país. Ele jurou-se que, se um dia chegasse ao poder, reorganizaria tudo para proporcionar às pessoas aquilo a que tinham direito e criaria um novo mundo.
Após 22 anos de guerra civil e da campanha militar contra os agressores japoneses, Mao Tsé-tung e seu Partido Comunista subiram ao poder. O governo corrupto foi expulso em combates sangrentos. Com resistência e disciplina, o Exército de Libertação do Povo, dirigido por Mao, conseguiu suplantar a superioridade militar do Japão e dos Estados Unidos na Guerra da Coreia. E, em 1º de outubro de 1949, a República Popular foi finalmente proclamada em Pequim, sob o júbilo das massas.

Contradições da filosofia comunista

Começava uma era de contradições: por um lado, cantava-se a Internacional, que prega não existirem redentores. Por outro, Mao era aclamado como o salvador da pátria. Suas ideias comunistas eram veneradas como graça divina, que substituía tudo o mais: moral, filosofia e política. Na opinião de Zhao Fusan, teólogo chinês, essa idéia fracassou e, com ela, o Partido Comunista, pouco após a morte do líder, em setembro de 1976, quando acabou a Revolução Cultural.
Desde 1949, 30 milhões de chineses perderam a vida em campanhas políticas. Chegado o fim da última campanha maoísta, em 1976, a China estava à beira do colapso total. O povo revogava o ideal de Mao, de revolução contínua. Chegava a era das reformas, trazendo crescimento econômico, mas também corrupção em massa e injustiça social

9/9/2011, por Correio do Brasil



Britânica de 81 anos tatua no peito aviso para que não a ressuscitem

Uma aposentada britânica de 81 anos tatuou no peito a mensagem “Do Not Ressucitate” (Não Ressuscite) para garantir que ninguém preste socorro caso ela adoeça e precise de ajuda para recuperar as funções vitais.
Para garantir que sua mensagem será lida, Jay Tomkins também tatuou nas costas as iniciais “P.T.O.” (para Please Turn Over, ou Por Favor Vire) acompanhadas de uma seta.
A ex-secretária afirmou que não consegue se imaginar “fazendo a cama e lavando roupa por mais 20 anos”. Ela se diz satisfeita com sua vida, mas afirma que também estaria “igualmente feliz” se simplesmente não acordasse de manhã.
‘Sem desculpas’
tatuagem
Tomkins diz não sofrer de nenhuma doença séria além de diabetes, mas afirma que a tatuagem significa que não vai haver “desculpas” para erros.
“A tatuagem é imediata… não há desculpas para não saber o que eu pensava”, observa.
Para ela, sua decisão de não ser ressuscitada poderá “economizar dinheiro” do sistema público de saúde.
– Se me encontrarem caída no chão e eu não puder dizer nada, quero que aceitem isso. Tenho 81 anos e não preciso viver mais. O que eu faria com o terrível pensamento de chegar até os 100 anos? Eu odeio isso – diz Tomkins.
Ela conta que sua sogra viveu até os 106 anos, mas que “nos últimos seis anos de sua vida ela estaria muito melhor morta”.
– Ela estava péssima – diz.
Sem vigor
A aposentada afirma que, aos 81 anos, não tem mais vigor para aproveitar seus passatempos preferidos, como tocar piano e cuidar do jardim.
– Tive 80 anos bons e interessantes, com casamento, filhos, netos e muitos amigos. Fico bem feliz ao acordar de manhã, mas se não acordasse estaria tão feliz quanto – afirma.
Segundo Tomkins, seus dois filhos e seis netos sabem de sua decisão, mas não a questionam.
Apesar da clareza do desejo expresso por ela, porém, a tatuagem pode não ser uma garantia de que ele será respeitado.
Segundo Anna Smajdor, professora de ética médica da Universidade de East Anglia, no leste da Grã-Bretanha, a tatuagem pode passar “uma mensagem muito clara”, mas sozinha não garante que o desejo será cumprido, porque “não tem validade legal”.
7/9/2011,  por Correio do Brasil