sábado, 25 de junho de 2011

Curiosidade geo-política: diferença entre Grã Bretanha, Reino Unido e Inglaterra

Muita gente se confunde a respeito do significado de Grã-Bretanha, Reino Unido e Inglaterra, quando na verdade não o são. Existem diferenças entre eles, que são explicadas logo abaixo:

INGLATERRA
É um país que tem como capital a cidade de Londres. Ao longo da história, a Inglaterra conseguiu se impor politicamente sobre alguns países vizinhos e passou a controlar um Estado batizado de Reino Unido. No século 19, com a Inglaterra à frente, o Império Britânico se tornou um dos maiores da história, com uma extensão territorial equivalente a um quarto do planeta!

GRÃ-BRETANHA
É o nome da grande ilha onde ficam três países: Inglaterra, País de Gales e Escócia. Com quase 230 mil km2 de área, ela tem perto de 1000 km de comprimento de norte a sul e pouco menos de 500 km de leste a oeste. O termo “Grã-Bretanha” muitas vezes é usado como sinônimo de “Reino Unido” – o que não é inteiramente correto, pois um dos países que formam o Reino Unido não fica nessa ilha.

BRETANHA
O nome deriva da grande ilha onde fica a Inglaterra, mas, quando alguém menciona apenas “Bretanha”, está se referindo não a um território inglês, mas a uma região na França. A província da Bretanha é a maior área costeira francesa e tem como capital a cidade de Rennes. Por volta do século 6, essa região foi invadida por habitantes da atual Grã-Bretanha, os bretões, dando origem ao nome em comum.

REINO UNIDO
É um Estado formado por quatro países: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. A chefe de Estado é a rainha Elizabeth II e o de governo um primeiro-ministro, eleito por um Parlamento central, em Londres. Nas grandes questões de governo, como política econômica, quem manda é esse Parlamento. Mas Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte também têm assembléias nacionais, com certa autonomia para tratar de questões mais locais, como saúde.

ILHAS BRITÂNICAS
É um arquipélago formado por cerca de 5 mil ilhas. As duas maiores são a Grã-Bretanha e a ilha da Irlanda – onde ficam dois países, a Irlanda do Norte (membro do Reino Unido) e a República da Irlanda, também chamada de Eire (um Estado independente). Além das duas “grandalhonas”, fazem parte desse arquipélago milhares de ilhas menores, como as Órcades, Shetland, Hébridas, Man e ilhas do Canal (como Jersey), entre outras.


Como os árabes salvaram a cultura ocidental - entrevista com Jonathan Lyons

Jonathan Lyons trabalhou como correspondente da Reuters no Oriente, até se dedicar mais a fundo a estudar a relação entre leste e oeste.
Em tempos de radicalização de posições na oposição Oriente versus Ocidente, vale a pena lembrar que árabes e ocidentais não são inimigos naturais, e que a cultura que permeia Europa e América deve muito aos muçulmanos. É o que procura fazer o americano Jonathan Lyons, do Centro de Pesquisas sobre Terrorismo Global da Universidade Monash, em Melbourne, Austrália. Em A Casa da Sabedoria (tradução de Pedro Maia Soares, Zahar, 294 páginas, 44 reais), Lyons conta como os árabes, que dominaram a Península Ibérica por oito séculos, assumiram o papel de guardiões e disseminadores do saber clássico ocidental, em um momento em que a Europa estava imersa na escuridão da Idade Média. E, mais do que isso, criaram a Renascença, período em que os europeus se voltaram à cultura clássica, e cuja autoria tomam para si.
O título do livro é emprestado da biblioteca criada em Bagdá no século IX para abrigar, traduzir e expandir conhecimento, muçulmanos recuperaram, copiaram e difundiram textos gregos sobre filosofia, ciência e astronomia, por vezes checando e corrigindo dados encontrados. Os documentos foram levados às terras de língua árabe, formando também a base para os trabalhos originais de pensadores islâmicos.
Foi da grande admiração de Lyons por esse trabalho empreendido pelos árabes que surgiu a motivação para contar esse trecho da história da ciência um tanto esquecido no Ocidente. Sem esse trabalho, diz o autor de A Casa da Sabedoria, o mundo apresentaria uma configuração muito diversa da que tem hoje. Mais do que isso: sem esses esforços muçulmanos, os ocidentais poderiam não ter a noção de que são capazes de explorar e manipular o mundo à sua volta sem entrar em conflito com Deus.
Em entrevista ao blog VEJA Meus Livros, Jonathan Lyons fala sobre as razões que fizeram com que a operação pró-conhecimento efetuada pelos árabes tenha pouco ou nenhum destaque atualmente, em especial no Ocidente – a principal delas é, como se pode imaginar, o olhar preconceituoso formado nos últimos anos sobre o Islamismo. E explica como os pensadores árabes estabeleceram os fundamentos da Renascença ocidental – inovações erroneamente atribuídas aos europeus.
.Quais as principais contribuições árabes para a cultura ocidental?
Há duas maneiras de abordar a questão. Primeiro, nós podemos listar os campos específicos, ideias e tecnologias que são tributários à cultura árabe e muçulmana. Aqui, entram a navegação astronômica, os estudos de anatomia, a arte de fazer mapas, a álgebra e a trigonometria, entre muitos outros. Mas há uma contribuição mais profunda, que eu acredito ser fundamental para o que hoje entendemos como Ocidente. É a ideia de que o homem pode explorar e até manipular o mundo sem interferir nos poderes de Deus. Isso abriu deu aos homens poder em um grau considerável, mas não absoluto, sobre seu mundo. E essa é a história subjacente de A Casa da Sabedoria.

No livro, o senhor conta como grande parte da pesquisa produzida pelos árabes era desvinculada da fé islâmica e da obrigação de estabelecer doutrinas.
Sim, mas, antes de tudo, é preciso dizer que boa parte do trabalho científico foi, de fato, desenvolvida para atender a questões da prática religiosa, como traçar a direção correta de Meca para rezar (os muçulmanos fazem suas orações voltados para Meca) ou para fazer a peregrinação e estabelecer os horários das cinco orações diárias, determinados por medições celestes. O interessante é que os muçulmanos do período medieval aceitaram as orientações dadas pelos cientistas para essas obrigações religiosas, sem a tensão entre fé e religião que caracteriza a experiência ocidental.

A imagem que os árabes têm hoje no mundo, influenciada pelas práticas terroristas, é muito diferente daquela que lhes era correspondente durante a Idade Média, quando salvaram parte importante da cultura ocidental. Foram os árabes que mudaram ou nós que mudamos na forma como os vemos?
Não há dúvida de que as sociedades árabe e muçulmana não são mais as líderes do mundo da ciência, da filosofia e das artes. Mas é importante ressaltar que nós não temos muita informação desse processo de declínio, porque, como ocidentais, elegemos o Islã como causa e nos contentamos com essa resposta simples. Por que olhamos automaticamente para as questões do Islã para explicar o mundo muçulmano atual? Eu posso pensar em muitas outras formas de explicar esse universo: a destruição do sistema de irrigação que sustentava o grande império abássida; o desmoronamento do império islâmico em si; a “descoberta” ocidental das raízes comerciais para a Índia e para a China; a desertificação da região central do Iraque e assim por diante. E, enquanto nos obstinamos com o Islã, há cerca de 100.000 documentos científicos nas principais línguas muçulmanas (árabe, turco, persa e urdu), que nunca tiveram atenção acadêmica séria. Em outras palavras, pode haver um mundo inteiro de conquistas científicas e intelectuais lá fora, esperando para serem descobertas. Mas ninguém está olhando.
Por que muito dos avanços conquistados pelos árabes são atribuídos aos europeus do período renascentista?
Durante o período da Renascença, houve uma tentativa deliberada e consciente da crescente classe de “humanistas” de criar uma linhagem nova para a cultura ocidental que ignorasse a contribuição árabe, bem como a experiência da Europa medieval que muito dependia dos muçulmanos. Quando se olha, por exemplo, para o jeito como esses humanistas recontaram a história da álgebra, uma invenção árabe com nome árabe, podemos ver um lento, mas contínuo processo de apagamento dos traços da influência muçulmana. Isso permitiu aos humanistas avançar posições como pretensos fornecedores de uma nova cultura pura do Ocidente, sem a mácula da influência externa árabe. Fruto do empreendimento pró-saber dos árabes, a chamada Renascença é mais uma continuidade do que uma revolução cultural.


As traduções de textos científicos e filosóficos gregos feitas pelos árabes é fiel aos originais ou carrega interpretações influenciadas pela cultura islâmica?
Essa é uma ótima e importante pergunta. A história do Ocidente, como a contam os textos de faculdade, posicionam os árabes como os cuidadores da aprendizagem ocidental – a partir dos grandes textos gregos sobre filosofia, ciência, engenharia etc. –, mas raramente contam quais foram as suas contribuições originais a esse saber. Os árabes não apenas fizeram traduções e cópias de textos clássicos, como também os usaram como ponto de partida para suas próprias pesquisas originais e, mais importante ainda, checaram e frequentemente corrigiram dados e cálculos de astronomia e geografia encontrados. Eles completaram as traduções para o árabe, tornando-as melhores e mais valiosas que as originais. Curiosamente, no entusiasmo da Renascença por textos gregos genuínos, muitas dessas versões árabes melhoradas foram ignoradas ou perdidas. Mas antes, na época medieval, textos sobre a metafísica de Aristóteles e que explicassem um trabalho complexo para leitores e estudantes eram muito populares na Europa. Foi através das lentes árabes, com as inevitáveis influências da cultura islâmica, que boa parte do Ocidente conheceu Aristóteles e a filosofia grega em geral.

Como operava a Casa da Sabedoria?
A Casa da Sabedoria, o título, é, antes de tudo, uma metáfora para a estratégia organizada e deliberada dos governantes do grande império islâmico, com sede em Bagdá, de coletar e expandir sua coleção de aprendizagem e sabedoria. Os estudiosos defendem, por vezes de forma apaixonada, que se tratava de um espaço real e duradouro. Outros, no entanto, a veem como uma invenção da história ocidental. Para mim, ela representa a política oficial do Império Abássida para promover o aprendizado. Parece que a Casa da Sabedoria foi modelada após as primeiras bibliotecas reais dos persas e fornecia apoio administrativo e financeiro para a realização de interpretações científicas e filosóficas e para traduções de textos hindus, gregos e persas. Esses textos foram copiados e disseminados amplamente pelas terras de língua árabe e formaram a base para muitos dos trabalhos originais feitos pelos pensadores árabes e muçulmanos.
A contribuição árabe foi fundamental para a construção da cultura ocidental tal como é hoje. Ao longo de oito séculos, os muçulmanos traduziram, por vezes corrigiram e difundiram o conhecimento clássico grego entre si, salvando e entregando aos europeus, que viviam então na Idade Média, um vasto saber. No livro A Casa da Sabedoria (tradução de Pedro Maia Soares, Editora Zahar, 294 páginas, 44 reais), o americano Jonathan Lyons, do Centro de Pesquisas sobre Terrorismo Global da Universidade Monash, em Melbourne, Austrália, se dedica a mostrar como os árabes foram inclusive responsáveis pela Renascença, período cuja autoria os humanistas europeus procuraram tomar.

Islamismo e Catolicismo são religiões aparentadas na origem. Por que os árabes incentivaram a leitura enquanto os católicos a censuravam?
A resposta está na estrutura das duas fés. O Islã não tem uma hierarquia, embora sempre tenha havido tentativas dos poderosos de impor uma. Como resultado, cada crente tem sua responsabilidade vinculada diretamente a Deus, e é responsável por ler e interpretar a seu modo o Alcorão, que eles acreditam ser a própria palavra divina. Definir quem é um mau muçulmano e quem é um bom muçulmano é um dos maiores desafios para a comunidade islâmica. No Irã, por exemplo, os clérigos muçulmanos que estão no poder (responsáveis por barbaridades) costumam definir seus rivais políticos como “anti-islâmicos”. Mas isso realmente não tem sentido, porque não há nenhuma autoridade central para determinar exatamente o que significa ser um bom muçulmano, embora haja princípios acordados a serem seguidos. Na tradição cristã, e aqui estou me referindo principalmente à Igreja Católica, há uma autoridade reconhecida na figura do Papa. Essa hierarquia determina exatamente o que é preciso para ser um bom católico. Em um ambiente como esse, é menos importante ler do que obedecer. Além disso, há uma conhecida forte tradição dentre o sacerdócio católico de que se valorizar a leitura entre o clero, que deve interpretá-la para os fiéis.
Como as diferenças entre as duas religiões – Islamismo e Catolicismo – se refletem em diferenças entre as culturas árabe e ocidental?
Um dos maiores desafios para qualquer estudante de religião – e eu me doutorei em Sociologia da Religião – é determinar onde acaba a “cultura” e começa a “religião”. No caso do Islã, com a morte do profeta Maomé, a comunidade muçulmana perdeu ao mesmo tempo seu líder político e espiritual, e deixou de ter alguém a quem recorrer para obter uma decisão “islâmica” sobre uma questão social, religiosa ou política. Com o tempo, como acontece em qualquer religião, os ensinamentos e ideias do profeta foram registrados por uma crescente classe de sacerdotes, trabalho concluído no período medieval, centenas de anos após a morte de Maomé. Valores culturais, preocupações e questões desse período posterior se confundiram com os ensinamentos maometanos. Então, coisas que são imperativos culturais tornaram-se imperativos religiosos.
A história de como a valorização do conhecimento pelos árabes transformou a civilização ocidental é contada através da figura do filósofo Adelardo de Bath. Qual a sua importância nesse processo?
Adelardo de Bath foi uma figura notável que anulou o sentimento antimuçulmano prevalecente em sua época e procurou ver o que os árabes poderiam ensinar ao Ocidente. Infelizmente, não se sabe muito da sua motivação e experiência pessoais. Em A Casa da Sabedoria, eu tento trazer Adelardo à vida porque ele é um dos meus heróis. Mais especificamente, ele voltou para casa com os “elementos de Euclides”, a fonte do nosso estudo de geometria, trabalhos de astronomia e astrologia, primeiras noções de química. Mas o maior tesouro que ele trouxe foi a permissão para o Ocidente estudar o mundo ao nosso redor.
Como foi feita a pesquisa para escrever o livro?
Eu iniciei esse projeto com a ideia de explorar ligações entre a poesia árabe e o surgimento da literatura secular ocidental. Queria, por exemplo, olhar para o relacionamento entre a poesia cortês da Espanha islâmica, conhecida como al-Andalus, e os trovadores. Mas, enquanto pesquisava a transmissão cultural do leste para o oeste, fiquei fascinado com questões maiores de ciência e filosofia. A Casa da Sabedoria é, na verdade, dois livros em um: a história da ciência e filosofia árabe no período medieval, e a história sobre como o conhecimento viajou para o Ocidente e os efeitos que produziu ao chegar lá.

Por Veja em 25/06/2011

Por que o site da Presidência cai, e o da Amazon, não?

As últimas semanas foram extremamente complicadas para o mercado de segurança em internet. Alegando agir em nome da liberdade de expressão, grupos de crackers promoveram uma onda de ataques com intuito de derrubar diversos sites, incluindo gigantes do mercado eletrônico e páginas e serviços de governos. Entre as vítimas, estão endereços brasileiros, como os sites da Presidência da República e do governo federal, que saíram do ar na última quarta-feira.
Todos foram vítimas de uma prática conhecida como Distributed Denial of Service (DDoS), que em português pode ser traduzida como “negação de serviço distribuida”. Os ataques consistem em sobrecarregar os sites, que recebem um grande número de acessos ao mesmo tempo e ficam indisponíveis para o usuário legítimo. É uma situação comparável a um congestionamento das linhas de telefones celulares durante a noite de Natal. “Imagine 60.000 computadores tentando acessar, ao mesmo tempo, um site que não está preparado para essa demanda. Essa quantidade de requisições pode causar a indisponibilidade de uma página em poucos segundos”, diz Alexandre Sieira, diretor operacional da empresa de segurança da informação Cipher.
A tática se provou efetiva com a maioria dos sites, mas não todos. Em dezembro de 2010, a Amazon.com – gigante do varejo eletrônico –, por exemplo, foi alvo do grupo conhecido como Anonymous e continuou firme e forte em seu lugar. Mas o que levou a página da loja virtual a ser mais resistente do que a do serviço do governo brasileiro?
De acordo com o especialista, tudo depende da estrutura – e dos objetivos – do site em questão. “Quantos milhões de dólares a Amazon perderia se ficasse algumas horas fora do ar? Pela natureza do serviço prestado, o site da loja deve estar preparado para atender a uma demanda de grandes proporções”, afirma Sieira. Projetados para enfrentar sobrecargas típicas de Natal (e outras datas do comércio em que o movimento de consumidores cresce subitamente, como dia das mães, pais e assim por diante), esses serviços podem lidar com as dezenas de milhares de pedidos de acesso simultâneo típicas dos ataques virtuais. “De certa forma, eles estão preparados para um ataque”, disse.
O mesmo não acontece com sites governamentais, que oferecem diversos serviços, mas não estão preparados para um aumento de fluxo dessa magnitude e velocidade. Geralmente, eles podem suportar apenas uma frequência relativamente baixa de visitantes. “O LulzSec (outro grupo cracker) derrubou a página intitucional da CIA, mas isso não tem impacto real na atividade da organização, uma vez que o site não guarda dados críticos e sigilosos das operações da instituição. Essas informações certamente estão armazenadas em lugar mais seguro”, afirma Sieira. “Um ataque desses pode arranhar a imagem da agência, mas não tem importância maior.”
Além da capacidade dos sistemas, outros fatores podem fazer a diferença diante de um ataque do tipo DDoS. A manutenção dos sites requer cuidados específicos, que ajudam a mitigar um ataque de negação de serviço. Entre eles, está a instalação de programas específicos capazes de monitorar os ataques e bloquear a sua origem antes que algo aconteça. A instalação de políticas de segurança e a atenção às boas práticas do setor também são essenciais.
Fonte: Veja em 24/06/2011 às 18:24 \ Curiosidades, Segurança

Procuradora de Justiça, aparentemente alcoolizada, dirige em zig zag na av. Beira Mar

Uma Procuradora de Justiça do Estado foi parada pela Polícia Militar, na manhã deste sábado (25), por dirigir em zig zag na avenida Beira Mar.
Testemunhas afirmam que a motorista estava embriagada e que chegaram a chamar a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), que não compareceu ao local.
De acordo com a Autarquia, nada foi feito, pois existe uma portaria que só autoriza autuação quando o próprio órgão realiza do flagrante.
Fonte: TV Diário - 25/06/2011 - 09:09

Meu comentário: Olha aí, que vergonha...aconteceu nada!!! Ninguém foi preso e o jornal ainda tem medo de colocar o nome da procuradora...se fosse qualquer outro profissional, publicava até o endereço...este é o Brasil que precisa ser consertado!

CFM defende ações preventivas para controlar venda de inibidores de apetite

Conselho promete ir à Justiça se houver proibição deste comércio
Para reduzir o número de prescrições de inibidores de apetite no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) defende a realização de campanhas educativas com foco no médico e nos pacientes. Para a entidade, essa seria uma forma de assegurar o uso racional deste tipo de medicamento, sem necessidade de proibir sua comercialização no país. 
O CFM afirma que continuará a buscar o diálogo com respeito ao tema. Contudo, faz um alerta: se não existir consenso com a Anvisa e houver decisão unilateral no sentido de proibir o comércio dos inibidores o caminho será recorrer à Justiça para garantir o direito de pacientes e de profissionais de uso desses medicamentos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que não há um prazo definido para a decisão final a respeito da proibição do uso da sibutramina e de outros três emagrecedores (anfepramona, femproporex e mazindol). No entanto, o assunto está em pauta e tem alimentado uma grande polêmica.
De acordo com o conselheiro Desiré Carlos Callegari (1º secretário do CFM), que representou o Conselho em debate sobre o tema na sede da Anvisa,  nesta terça-feira (14), a restrição completa da venda dos anorexígenos, como tem sido defendido por alguns representantes do Governo, pode agravar problemas de saúde, além de ser uma interferência na autonomia na relação entre o médico e o paciente.
Callegari afirmou que o CFM, de antemão, se dispõe a ser parceiro da Anvisa no desenvolvimento dessas campanhas de esclarecimento. Em sua avaliação, cabe à Agência atuar de forma preventiva para evitar possíveis excessos no uso das substâncias. “A Anvisa tem mecanismos para monitorar o excesso de prescrições do medicamento e pode ter os Conselhos Regionais de Medicina como aliados”, ressaltou.
Durante o Painel Técnico Internacional sobre a Eficácia e Segurança de Inibidores de Apetites, promovido pela própria Anvisa, em Brasília, o CFM citou os efeitos colaterais que a proibição da venda poderá trazer. O primeiro deles é a desassistência de parcela significativa da população.
“Temos um problema epidemiológico imenso no país que é a obesidade. O que faremos com esta parte da população que não responde ao tratamento sem fármaco?”, lembrou o conselheiro.  A afirmação se ampara em pesquisas. Dados do IBGE entre apontam que 12,5% dos homens e 16,9% das mulheres apresentam quadro de obesidade.
Outro problema possível, citou o representante do CFM, seria o surgimento de um mercado paralelo deste tipo de droga.  Especialistas de várias áreas concordaram com os argumentos. “Precisamos ter direito ao uso das drogas para vencer a obesidade do país. Acredito que os quatro mil médicos endocrinologistas sabem bem avaliar sua necessidade”, garantiu o Airton Golbert, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Estudiosos internacionais também reforçam o posicionamento das entidades médicas. O cardiologista dinamarquês Christian Torp-Pedersen, que coordenou um dos maiores estudos sobre a sibutramina no mundo, acredita que o inibidor de apetite não deveria ser retirado do mercado brasileiro.
"Europa e Estados Unidos tiveram reação exagerada [ao retirar o medicamento do mercado]. Concordo que a sibutramina não deve ser prescrita com facilidade e deve-se avaliar outras alternativas antes”, defendeu o dinamarquês.

Imprensa CFM
Notícia publicada em: 15/6/2011

Lei proíbe médicos de usar jalecos fora do trabalho

Médicos e outros profissionais de saúde do Estado de São Paulo estão proibidos de usar seus jalecos brancos fora do ambiente de trabalho.
A justificativa da lei, que entrou em vigor na quinta-feira passada, é impedir que eles carreguem bactérias da rua para os hospitais e destes para outros ambientes. A lei prevê multa de cerca de R$ 175 ao médico e o dobro em caso de reincidência. Estudos demonstram que bactérias que podem causar infecções hospitalares sobrevivem semanas nos jalecos e aventais.
Especialistas em infectologia, porém, argumentam que seria muito mais útil uma campanha para que os médicos e outros profissionais lavem as mãos, que são o maior meio de contágio.


Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia
Notícia publicada em: 21/6/2011

Cabelos brancos: descoberto mecanismo que faz cabelos perderem a cor

Um mecanismo molecular conhecido como sinalização Wnt, já conhecido por controlar muitos processos biológicos, pode ser o elemento determinante do embranquecimento dos cabelos.
Um novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, mostrou pela primeira vez que a comunicação entre os folículos pilosos e as células-tronco dos melanócitos pode ditar a pigmentação do cabelo.

A via de sinalização Wnt é uma rede de proteínas mais conhecida por seu papel na embriogênese e no câncer, mas também está envolvida em processos fisiológicos normais em adultos.
"Sabemos há décadas que as células-tronco do folículo piloso e dos melanócitos, células produtoras de pigmento, colaboram para dar cores aos cabelos, mas as razões por trás disso eram desconhecidas," explica a Dra. Mayumi Ito, coordenadora da pesquisa.

"Nós descobrimos que a sinalização Wnt é essencial para coordenar as ações destas duas linhagens de células-tronco e crítica para a pigmentação do cabelo," afirma.
O estudo sugere que a manipulação da via de sinalização Wnt pode ser uma nova estratégia para lidar com a pigmentação dos cabelos, quando estes começam a ficar grisalhos.
Usando modelos animais geneticamente modificados, os pesquisadores foram capazes de examinar como as vias de sinalização Wnt permitem que as células-tronco dos folículos pilosos e as células-tronco dos melanócitos trabalham em conjunto para gerar o crescimento do cabelo e produzir a cor do cabelo.

A pesquisa também mostrou que a sinalização Wnt deficiente nas células-tronco do folículo piloso não apenas inibe o re-crescimento do cabelo, mas também impede a ativação das células-tronco dos melanócitos necessária para produzir a cor do cabelo.
A falta ativação da Wnt nas células-tronco dos melanócitos leva à despigmentação do cabelo, que torna grisalho e, finalmente, branco.

A pesquisa também ilustra um modelo para a regeneração de tecidos.
"O corpo humano tem muitos tipos de células-tronco que têm o potencial para regenerar outros órgãos," disse Ito. "Os métodos por trás de comunicação entre as células-tronco do cabelo e da cor durante a reposição do cabelo podem dar-nos pistas importantes para regenerar órgãos complexos contendo muitos tipos diferentes de células."


Notícia publicada em: 21/6/2011
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia

Filtros solares devem ganhar cara nova ainda este ano e outras verdades

Recentemente, a Food and Drug Administration (FDA), agência norte americana reguladora de medicamentos e alimentos, estabeleceu novas regras para rótulos de filtros solares. Expressões como "bloqueador solar" e "à prova dágua" não poderão mais ser usadas. Para entender o motivo dessas mudanças, que, segundo os entrevistados, devem chegar ao Brasil ainda em 2011, o Minha Vida conversou com especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB).
Afinal, filtros solares realmente têm a capacidade de bloquear todos os efeitos do sol? Eles permanecem no corpo mesmo em contato com a água? Quanto maior o fator de proteção solar (FPS), mais duradouros os seus efeitos? Descubra!
FPS mínimo
O FPS de um filtro solar serve de parâmetro para avaliar a capacidade de proteção que ele oferece contra os raios UVB, que são mais superficiais que os raios UVA e causadores de câncer, vermelhidão e queimaduras. Até o momento, especialistas não entraram em consenso sobre como calcular a eficácia do produto contra a radiação UVA.
Por esse motivo, a dermatologista especializada em câncer de pele Márcia Purccelli, do Hospital Albert Einstein e membro efetivo da SBD, afirma que "nenhum filtro solar oferece 100% de proteção". Assim, fica fácil entender porque o termo "bloqueador solar" não faz sentido, já que não há um bloqueio total dos raios solares.
Mesmo assim, para que haja um efeito mínimo, porém significativo, o FPS de um filtro solar deve ser de pelo menos 15. "Aqueles com FPS 2, 4 e 8 não apresentam qualquer barreira às radiações solares", completa a dermatologista.
FPS máximo
Segundo o dermatologista David Azulay, presidente da Regional do Rio de Janeiro da SBD, filtros solares com FPS acima de 50 já não apresentam evoluções significativas. Ao comprar um produto com FPS 60, 80 ou até 100, o consumidor paga mais, mas nem por isso obtém melhores resultados.
Além disso, o dermatologista acredita que protetores com FPS elevado sugerem a algumas pessoas a possibilidade de poder passar pouco produto ou ainda de não ser necessária sua reaplicação. "A efetividade de um protetor com FPS 30, por exemplo, costuma ser 25% menor pelo fato de as pessoas espalharem demais uma quantidade insuficiente do produto", explica.
À prova de água e suor
Quando dizemos que algo é à prova de alguma coisa, damos a ideia de durabilidade infinita, o que não é o caso do filtro solar em contato com a água ou o suor. Márcia explica que produtos com alguma capacidade de fixação na água deverão receber a nomenclatura "resistente à água" e deverão indicar o período de tempo de resistência a essa exposição.

Enquanto as mudanças não são feitas, a dermatologista sugere que aqueles que ficam muito tempo no mar quando vão à praia ou passam o dia na piscina optem por filtros solares infantis, que tem melhor fixação e maior resistência à água. Na falta destes, prefira qualquer protetor cremoso. As opções em gel ou do tipo oil free são as que saem com mais facilidade.
Protetor aerossol
Muitas pessoas optam por usar protetor do tipo aerossol pela praticidade e rapidez que oferece. Ele também é da preferência de muitos pais que têm dificuldade em manter os filhos quietos por muito tempo. Mas quais as consequências do produto que inevitavelmente é inalado?
Para a dermatologista Márcia, ele não causa nenhum malefício além dos já tão debatidos acerca de desodorantes aerossóis. A recomendação geral, entretanto, é que os consumidores fechem as narinas para evitar a entrada do produto no sistema respiratório.
O que realmente se sabe é que esse tipo de protetor é mais difícil de espalhar uniformemente pelo corpo, deixando algumas áreas menos protegidas.
Qual usar?
Como a população brasileira é, em geral, miscigenada, um protetor de FPS 15 pra o dia a dia dá conta do recado. No caso de um passeio de lazer no parque ou uma caminhada ao ar livre, o ideal é utilizar um de FPS 30. Entretanto, pessoas com pele, cabelos ou olhos claros, devem usar filtros com fator de proteção acima da média.
David ainda aconselha que pessoas com problemas de acne optem pelos protetores oil free, ou pelos que têm menos óleo, e aqueles que praticam esportes, pelos cremosos, pois eles tendem a se fixar durante mais tempo na pele.
Quando e como usar?
"Antes de qualquer coisa, é preciso que as pessoas tenham consciência de que o protetor solar não é um passaporte para ir tomar sol", explica o dermatologista David. Ele deve ser usado diariamente, até mesmo em dias nublados. Não é porque a luminosidade está reduzida que as pessoas não estão expostas aos raios UVA e UVB.
Márcia ainda completa dizendo que o fato de uma pessoa passar a maior parte do tempo dentro de um escritório ou de casa e sair apenas de carro não é desculpa para o descuido. "Se há a possibilidade de receber qualquer porcentagem de luz solar, seja através de um vidro ou nos poucos minutos do horário de almoço, deve-se usar protetor", afirma.
A recomendação é de que ele seja passado 30 minutos antes da exposição e reaplicado a cada duas horas. O intervalo deve ser diminuído no caso de a pessoa realizar exercícios físicos ou entrar em contato com água.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia
Notícia publicada em: 21/6/2011

Ceará celebra 1º união homossexual no presídio feminino

A primeira união estável homoafetiva no Instituto Penal Desembargadora Feminino Auri Moura Costa (IPF), em Aquiraz, foi celebrada nesta sexta-feira (24).
O casal, Marluce Bezerra de Sousa e Andrelina da Silva, pode sacramentar a união que iniciou dentro do presídio em 2005 na presença de uma escrivã e de amigos. Marluce já responde sua pena no regime semiaberto, mas sua companheira Andrelina da Silva continua em regime fechado.
Para a secretária da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará, Mariana Lobo, o compromisso selado pela primeira vez dentro de unidade penal cearense é um marco na igualdade de direitos.
A união estável entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal em votação unanime no último dia 05 de maio de 2011. A partir da decisão todos os casais sem distinção de sexo, podem fazer o registro em cartório de união estável e passam a ter direitos conjugais, tais como herança, Previdência Social, pensão alimentícia e divisão de bens, entre outros.
Secretaria de Justiça - 24/06/2011