segunda-feira, 30 de outubro de 2017

domingo, 29 de outubro de 2017

Dia Nacional do Livro - 27 de Outubro

O Dia do Livro surgiu em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional do Livro, em 1810, pela Coroa Portuguesa. Na época, D. João VI trouxe para o Brasil milhares de peças da Real Biblioteca Portuguesa, formando o princípio da Biblioteca Nacional do Brasil (fundada em 29 de outubro de 1810).

O Brasil começou a editar seus próprios livros ainda em 1808, quando D. João VI fundou a Imprensa Régia. O primeiro livro a ser editado foi "Marília de Dirceu", do escritor Tomás Antônio Gonzaga.

Poema - Generais sem exército

Generais sem exército

Houve uma grande batalha
Sem precedentes
Não havia falha
Dos aliados e contrapertinentes

De dilaceramento das carnes fortes
Soldados tombando
Noticiário: mais de um milhão de mortos

Os exércitos desapareciam
Os generais no afã da vitória
Não desistiam
As viúvas irão honrar-se da glória

No final, generais sem exército
Armas sem punhos
Começo, neófitos recrutados do insucesso

Natuba-PB, 19.10.99

Poema - Granada

Granada

É uma guerra
É uma busca
É a habilidade sobre-humana
Lutando contra a armada
Que já se debruça

As armas são infernais
Granada
Não se ouvem tiros
Quiçá, explosões
Só há lamento e contração

Uma santa luta
Luta, lutou, luto
Apolônia
Por tantas vezes torturada
Por tantas vezes evocada
Vem, busca teu rebanho
Guia estes aliados tão famintos
Por deveras merecido descanso

Outrora, aventura um tanto esquecida
Por seus seguidores
Um tanto merecida
Granada
Esquece a ferida
Da Medicina parida

23.02.98

Sindicato Estudantil


Poema - Hoje

Hoje

Hoje, resolvi cantar...
Mas, cantar pode ser amar, chorar, perdoar,
Este sim, perdoar quem eu não amo, nem choro

Sim, hoje vou perdoar...
Porém, perdoar pode me lembrar
De um passado de amargura e ternura

Sim, hoje eu vou lembrar...
Lembrar pode me fazer gritar, tripudiar
E me vingar daqueles que me fizeram gritar
A me tripudiar

Sim, hoje vou me vingar...
Prepara-te, pois se eu conseguir vencer
Vou ressarcir todas as dores
Que senti

Hoje, hoje vou é vencer...
Entretanto, vencer pode me levar
Posteriormente, à derrota sempre temida
Nunca extinta
Da minha vida de falhas a sonhar

Hoje, eu vou sonhar...
Sonhar com o bem, com alegria
Estou sonhando agora
Agora, vou acordar

30.08.98

Poema - Amei e esperei

Amei e esperei

É gostoso amar quem amei
Quem nunca voou
Do meu coração - esperei

É fácil podar o estático e o concreto
Difícil é esquecer a garota abstrata
Que povoava minha saudade por certo
Que um dia retornaria - fada

Seu adjetivo por um fim
Apenas verbos de ação
Não quero antepor tua feição em mim
Sem que, realmente, tu queiras minha redenção

Venho buscar o que é meu…
Pelo menos do amor que ainda existe
Do companheiro que ainda é teu!

Maracanaú, 23.05.00

sábado, 28 de outubro de 2017

Sindicato Cultural

Poema - Sertanejo

As áridas vertigens
Abraçam em convulsão
A náusea, suntuosas esfinges
Plainam no ar do verão

Queima a fronte
Embrutecido, ríspido
Naturalismo flagrante

Corpos esfolados
Rostos ensandecidos
Trupe de esfomeados
Alcateia de indivíduos

Verte lágrimas, o sertanejo não
Terra, também, é seu espírito
Seco, duro e rachado, sem perdão

Umbuzeiro-PB, 20-10-99

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

#DIADOMÉDICO: até o fim deste mês, as mensagens “Mais do que parabéns, nossos médicos merecem ser respeitados e valorizados” e “Nossos médicos merecem respeito e parabéns. Mas nem sempre são valorizados” figuram outdoors em Fortaleza, Juazeiro do Norte e Sobral goo.gl/JpPCwb

Poema - O homem



O homem



Nestas incertezas que se consomem

Nas angústias do inferno

Resta o pormenor, o homem



Se parece com um céu

O indefinido, mas abstrato

Onde voam os monges, nuvens de mel

Quando enche de sabor o tato



Mistura os sentidos porque quero

Vagueio pelo senso, lógico

Na dúvida, me emociono, me revelo



Parecer ser não é obra do acaso

Também não se sobrevém ser

O oposto pode imitar aquele vaso

Que se encheu do padecer



05.01.00