Seria feito de silêncio e amor
Todo ser amava e se fechava
Para o céu e para a flor
Paragens sem fim
Onde o tormento embrutecido sorria
Nos frágeis braços do espírito
Que era feliz quando adormecia
Agora não posso mais chorar
Sinto dores sem trauma
Algia que se instala por sonhos
Não sonho, enfim, pesadelo
É isto que me atormenta
No mundo solidão, vivê-lo
Recife, 23.09.99