quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Poema - Intolerância

Intolerância

Eu não aceito o teu sim assim como você não concorda com a minha negativa justificada
Não vou tolerar os dados relacionados pelos fatos confirmados
Você grita tuas verdades e planos frustados porque eu não apoiava a tua insensatez nata

Enxergo um mundo de sucessos desde que sejam seguidas as minhas orientações
Você descreve um amanhecer tenebroso  desde que este meu sonho seja realizado a contento
As tuas ideias são vãs, mesquinhas, traiçoeiras repletas de imperfeições

A mesma notícia gera revolta, amargura em você e alento e esperança em mim
Descrevo-te  de intolerante, inflexível e você me amaldiçoa como um coração duro e amargo
Tua presença  me enoja e você me descreve como pueril mentecapto aos ouvintes, enfim
Na falta de argumentos te humilho e você me inunda com o teu cuspe como a um vil afago

Não preciso te conhecer para te odiar, basta você ousar não concordar
Você não permite minhas convicções culturais, acadêmicas, familiares ou religiosas
Meu sonho é uma homogeneidade sábia, justa e humana sem a relevância de questionar
Você sonhou em se aproximar, mas vi os teus olhos, as lágrimas eram capciosas

Poema - Desventura

Desventura

Pelejo pelos meus momentos
São sombrios, lúgubres
Não cicatrizam os ferimentos
Das mágoas insalubres

A dor corrói e grita
Machuca e fere
Em polvorosa angústia ensandecida

Meus dias passam como em um deleite de fel
Já tive horas de fé
Bebo sangue mesclado com mel
Mas sobrevivi em pior maré

Tenho vigor, tenho dó
Que contém minhas desventuras
Sou eu, sou só

Limoeiro-PE, 02.10.99

Poema - Eu

Eu

Chamam-me louco
Se for para ser assim
Viva a loucura, somente o tolo
Não acredita nas suas ideias, enfim,

Veja só meu estorvo
Comemorar meu grito
De novo

Minha caminhada agreste
Soverte o sovado espírito último
Como neste derradeiro poema, único

Recife-PE, 30.09.99

Poema - Família

Família

Falo da minha família
Escrevo maravilhas porque é
Recito poemas com vigor
Não me esqueço do amor

Amor da minha mãe, amor de mãe
Que fortalece, enobrece
Toda a minha vida linda
Ser em todo esplendor

Amor de pequena irmã
Posso dizer filha, quem dera
Prezo como a mim
Perfeita irmã toda assim

Pai parceiro, presente amigo
Também de outros companheiros
Tenho ciúmes, mas não me importo
Ele é meu pai e pronto

A irmã mais velha
Serve de exemplo, harmonia
Equilíbrio e fantasia
Adoro-te, amo, mas você não sabia
Recife-PE, 22.09.99

Poema - Tempo

Tempo

Estou exausto
O segundo metamorfoseia em minuto e hora
E as minhas energias se esvaem tentando inibir
O delírio em presenciar o tempo que de mim sorri
Pelo menos, alguém se alegra, digo eu
Perco a concentração da forma
Que se transforma em abstrato
Minha convicção reage
Não encontro medidas para este desespero
Basta cerrar os olhos e viver
A mim desprezas? Vocifera o Tempo
Quero desculpar-me, vacilo, choro
Isto é a fraqueza do ser
É a mostra da volúpia dos desenganos
A forma mais poética do fracasso
Quando vejo partir as minhas alegrias
No encalço do tempo perdido
Ânsia, estresse vem buscar sua recompensa
Maldita criatura,
Respeito-te nas asas da rebeldia do justo
Desejo-te a inquisição nas linhas mais românticas
Para que, de joelhos, peça-me o fúnebre perdão.

30.03.98

Poema - Giz

Giz

Disseram-me “romântico é amar”
Agradáveis afirmações
Sentenciosas ao afirmar
O “condenamento”  das razões

O deleite do vinho do amor
Foi descrito em vasta literatura
Confirmando com sórdido rancor

Rancor de quem amou
Feriu-se com páginas perdidas
De cartas de amor
Que não chegaram a ser lidas

Disseram “quem amou é feliz agora”
Ouçam, amar é um giz
Nas mãos de uma hábil professora

Natuba-PB, 19.10.99
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