domingo, 5 de novembro de 2017

Poema Lágrima de fogo

Lágrima de fogo

Ele plantou uma semente
Não foi de vida devida
Em derradeiro ato somente
Como estopim da dor ferida

Dilacerou-se seu céu
Nem existia mais o eu
Evidências de um réu
Próprio de um imenso jubileu

Ele pecava para pagar pecados
Sem evidências de retorno
De sanidade sob os cabelos
Um triste tolo

Não vingava sua angústia
Buscava o prometido
De afirmação com astúcia
Propagadas na sua partida

Preencheu suas malas
Com sangue de suas veias
Tudo, até balas
Mas não tinha revólver, só meias

Perdeu tudo no fogo
Era seu infortúnio macabro
Lágrima de fogo
Câncer alastrado



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