quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Poema - Desventura

Desventura

Pelejo pelos meus momentos
São sombrios, lúgubres
Não cicatrizam os ferimentos
Das mágoas insalubres

A dor corrói e grita
Machuca e fere
Em polvorosa angústia ensandecida

Meus dias passam como em um deleite de fel
Já tive horas de fé
Bebo sangue mesclado com mel
Mas sobrevivi em pior maré

Tenho vigor, tenho dó
Que contém minhas desventuras
Sou eu, sou só

Limoeiro-PE, 02.10.99

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